JACKSON ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Glória Coelho abriu a tarde de ontem com seu esquadrão de bailarinas minimalistas. Partindo da estrutura das lingeries, a coleção traz fundamento histórico e vem bem leve nas cores (off-white, bege, verde-menta), pontuada pelo preto que a estilista tanto gosta.
A forma da regatona (tendência do próximo verão) vira vestido com muitos babadinhos e consegue ótimos momentos nos looks de estampa de nuvens. Guirlandas de flores em cores suaves emprestam feminilidade às formas mais masculinas da coleção, como o colete -curtinho e com costas de nadadora.
Ao final, a estilista não apareceu para os aplausos por conta da morte de seu pai, que aconteceu justamente no dia de seu desfile.
O minimalismo romântico também é fundamento de Clô Orozco para sua marca Huis Clos. Ao chamar a diretora de teatro Bia Lessa, a estilista instala atmosfera conceitual e intelectualizada em que propõe um discurso sobre a crueza das roupas.
Na passarela, no entanto, tudo é muito mais simples. Bermudas, regatas, saias balonês e vestidos com repuxos de fita amarela traduzem o espírito da alta moda (seus cortes, estruturas e volumes) para o calor dos trópicos sem perder o foco da urbanidade.
As bailarinas também servem de mote para Fause Haten, que foca numa veia mais adulta e ultrafeminina. Tops cache-coeur, saias rodadas e escarpins de cetim com amarração de sapatilha.
Fause consegue bons desdobramentos esportivos na sobreposição de regatas, nas calças amplas com laços laterais e nas regatonas-vestidos bem cavados.


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