São Paulo, domingo, 04 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Steve Carell quer saída tranquila de "The Office"

Comediante confirma que nova temporada da série será sua última

"Pode ser bom mudar a dinâmica um pouco", diz o ator, que acredita que o programa ainda vai continuar sem ele

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

O pior chefe do mundo está deixando a empresa. Mas certamente seus funcionários não ficarão felizes, ainda que eles consigam manter seus empregos em "The Office", que estreia nova temporada em setembro nos EUA -no Brasil, a sexta temporada é exibida pelo canal FX.
Será a sétima e última com o comediante Steve Carell, cujo protagonista Michael Scott, um líder egocêntrico e folgado que gerencia, aos trancos e barrancos, uma empresa de venda de papel.
"Acho que tem de ser uma saída suave", disse Carell a um pequeno grupo de jornalistas em Los Angeles, do qual a Folha fez parte. "O seriado é sobre um escritório na Pensilvânia, pessoalmente acho que tem de ser uma coisa simples."
"The Office", inspirado na série original da BBC de Ricky Gervais, vai ao ar nos EUA desde 2005, com uma das melhores audiências do canal aberto NBC.
Carell, um dos comediantes mais populares do momento, ganhou fama com "Todo Poderoso" (2003), ao contracenar com Jim Carrey, e ao estrelar "O Virgem de 40 Anos" (2005) e "Agente 86" (2008), baseado no seriado de sucesso dos anos 60.
Os filmes ajudaram a manter a popularidade de "The Office", seriado que se finge de documentário, registrando o dia-a-dia de um bando de funcionários lunáticos.
Mas Carell diz ter certeza que o "show vai continuar". "Pode ser bom alterar a dinâmica um pouco", disse o ator de 47 anos, ganhador de um Globo de Ouro pelo seu trabalho na série.
"Para mim, simplesmente deu certo. Não é questão de negociar, queria cumprir meu contrato. Mas agora é hora de mudar."
Para o ator Oscar Nunez, que faz o empregado gay Oscar, não há série sem Carell. "O seriado deveria acabar, está feito, foram sete anos", disse o ator à Folha. "Acho que os produtores estão atrás de outro ator, alguém como Paul Giamatti. Mas é um papel muito difícil."

IMPROVISADOR
Nunez divide com Carell uma das cenas memoráveis do seriado, quando Michael Scott obriga Oscar a contar a todos no escritório que é gay. Para mostrar a naturalidade do anúncio, o chefe ainda lhe dá um beijo na boca.
A cena foi feita no improviso, como muitas de "The Office" e dos filmes de Carell, como gostam de salientar seus colegas de sets de gravação.
O ator iniciou sua carreira no teatro, depois de se mudar para Chicago. "Sempre tive metas na vida. Depois do teatro, pensei em outras. Achei que, se conseguisse um comercial na TV, seria um cara de sucesso", disse rindo, lembrando-se de uma propaganda que fez para a rede McDonald's quando tinha cerca de 25 anos.
"Sou bastante cauteloso, vivo como se nada tivesse acontecido. Se daqui um ano tudo acabar, vou continuar sendo feliz."
Apesar da agenda cheia de filmes, o ator pretende voltar a fazer roteiros de cinema, o que não acontece desde "O Virgem de 40 Anos". "Quero tirar um tempo para escrever, tentar outros tipos de personagens e de filmes."


Texto Anterior: Até onde chegam os Reality Shows
Próximo Texto: Ator cria sotaques para animação 3D
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.