São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2000


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"Meu violão é inquieto", diz compositor

DA REPORTAGEM LOCAL

Ao avaliar a heterogeneidade dos mineiros -de Milton a Skank, de Ataulfo Alves a Clara Nunes-, Bosco chega àquele que cita como "um dos artistas que mais admiro", o conterrâneo Ary Barroso. "Ele fez "Na Baixa do Sapateiro". Identificou o Brasil todo, com "Aquarela do Brasil". Fez toadas, canções, sambas. É um ídolo."
E sobre o uso oficial de sua música nos anos de Getúlio Vargas? "Quando se comparam o homem e o artista, há sempre um certo desconforto. Se Luiz Gonzaga foi ligado ao regime militar, isso não me diz respeito. O que interessa é a sanfona que deu nome a todo o Nordeste."
Onde se situa o desconforto entre o Bosco homem e o artista? "Tento não ser um conservador. Meu violão é inquieto, busco algo, não quero ficar no mesmo lugar. Acho que fugir, só para a frente. Morre-se na areia ou no mar, tanto faz." (PAS)



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