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Nicolas Cage diz que filme não é inverossímil
DO ENVIADO A ATENAS
Assim como o ladrão aposentado "Memphis" Raines, Nicolas
Cage também adora carros. A diferença é que o ator -protagonista de "60 Segundos", ganhou
um Oscar por "Despedida em Las
Vegas" e conclui três filmes
("Windtalkers", "The Family
Man" e "Captain Corelli's Mandolin")- paga por suas manias.
Leia trechos da entrevista.
(SD)
Folha - Seu personagem no filme
tem uma relação quase sexual com
carros. E você?
Nicolas Cage - Também, mas minha fascinação por carros é bem
menos doentia: não coloco nomes
neles, por exemplo.
Folha - Quantos você tem?
Cage - Menos do que você deve
ter ouvido falar. Sou apaixonado
por alguns carros, no entanto. A
Ferrari 550 Maranello é um deles.
A experiência de dirigir esse carro
é inesquecível. É como um animal, você tem de prestar atenção
nele, comandar. Outros carros,
como o Shelby Mustang 1967, me
fascinam porque são esculturais.
Folha - É fácil roubar os carros no
filme. Isso não o faz inverossímil?
Cage - Não acho que seja tão distante da realidade. Tem uma certa
licença poética com relação ao
número de carros que são roubados em tão pouco tempo. Não sou
um especialista no assunto, mas
fiz entrevistas com um ladrão de
carros muito famoso em Los Angeles. Depois que ele foi preso, a
taxa de roubos na área caiu 20%.
Folha - Você vai mesmo interpretar o novo "Super-Homem"?
Cage - Fiquei animado, adorei o
roteiro, que fez uma ligação que
sempre imaginei ser interessante,
de mitologia grega com HQ. Sou
fissurado por quadrinhos e viver
o Super-Homem seria realizar
um sonho. Mas recusei o papel,
por absoluta falta de tempo.
Folha - O que mudou depois de
receber o Oscar?
Cage - Foi bom, mas tomei uma
decisão muito séria, que foi esquecer que tudo aquilo tinha
acontecido. Alguns atores e atrizes ficam muito pretensiosos depois do prêmio. Então, tirei a estatueta da minha lembrança. Assim, posso fazer filmes muito intelectualizados e outros mais comerciais sem peso na consciência.
Folha - Você também sofre com a
invasão de privacidade?
Cage - Às vezes, mas na maior
parte do tempo levo em consideração que os paparazzi, por exemplo, são trabalhadores como eu.
Estamos todos na mesma indústria. Eu me divirto muito levando
essa vida, não tenho reclamações
relevantes a fazer.
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