São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2000


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Nicolas Cage diz que filme não é inverossímil

DO ENVIADO A ATENAS

Assim como o ladrão aposentado "Memphis" Raines, Nicolas Cage também adora carros. A diferença é que o ator -protagonista de "60 Segundos", ganhou um Oscar por "Despedida em Las Vegas" e conclui três filmes ("Windtalkers", "The Family Man" e "Captain Corelli's Mandolin")- paga por suas manias. Leia trechos da entrevista. (SD)

Folha - Seu personagem no filme tem uma relação quase sexual com carros. E você?
Nicolas Cage -
Também, mas minha fascinação por carros é bem menos doentia: não coloco nomes neles, por exemplo.

Folha - Quantos você tem?
Cage -
Menos do que você deve ter ouvido falar. Sou apaixonado por alguns carros, no entanto. A Ferrari 550 Maranello é um deles. A experiência de dirigir esse carro é inesquecível. É como um animal, você tem de prestar atenção nele, comandar. Outros carros, como o Shelby Mustang 1967, me fascinam porque são esculturais.

Folha - É fácil roubar os carros no filme. Isso não o faz inverossímil?
Cage -
Não acho que seja tão distante da realidade. Tem uma certa licença poética com relação ao número de carros que são roubados em tão pouco tempo. Não sou um especialista no assunto, mas fiz entrevistas com um ladrão de carros muito famoso em Los Angeles. Depois que ele foi preso, a taxa de roubos na área caiu 20%.

Folha - Você vai mesmo interpretar o novo "Super-Homem"?
Cage -
Fiquei animado, adorei o roteiro, que fez uma ligação que sempre imaginei ser interessante, de mitologia grega com HQ. Sou fissurado por quadrinhos e viver o Super-Homem seria realizar um sonho. Mas recusei o papel, por absoluta falta de tempo.

Folha - O que mudou depois de receber o Oscar?
Cage -
Foi bom, mas tomei uma decisão muito séria, que foi esquecer que tudo aquilo tinha acontecido. Alguns atores e atrizes ficam muito pretensiosos depois do prêmio. Então, tirei a estatueta da minha lembrança. Assim, posso fazer filmes muito intelectualizados e outros mais comerciais sem peso na consciência.

Folha - Você também sofre com a invasão de privacidade?
Cage -
Às vezes, mas na maior parte do tempo levo em consideração que os paparazzi, por exemplo, são trabalhadores como eu. Estamos todos na mesma indústria. Eu me divirto muito levando essa vida, não tenho reclamações relevantes a fazer.


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