São Paulo, segunda-feira, 04 de setembro de 2000
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Festival na rede abre inscrições SÉRGIO RIZZO ESPECIAL PARA A FOLHA Nada de filas para comprar ingresso e entrar na sala ou de gente falando no seu ouvido. Vem aí o primeiro festival de cinema brasileiro que só poderá ser acompanhado de casa, do escritório ou de qualquer lugar onde haja um computador. Pré-requisitos para ver os filmes: estar conectado à Internet e ter paciência para apreciá-los na tela pequena. As inscrições para o Brasil Digital - 1º Festival Brasileiro de Cinema na Internet começam hoje e se estendem até 14 de outubro. Os selecionados estarão disponíveis durante pelo menos 30 dias no website do evento, www.brasildigital.org, a partir de data que será divulgada posteriormente. Os organizadores ainda não definiram também quais serão os prêmios atribuídos aos filmes vencedores segundo os júris oficial -que trabalhará on line- e popular. Haverá sorteio de prêmios entre os internautas que participarem da votação. As obras inscritas precisam ser assinadas por brasileiros ou terem sido realizadas no país, a partir de 1998, com duração máxima de 10 minutos. Podem ter sido produzidas em qualquer formato de película, vídeo ou suporte digital, mas devem ser enviadas ao comitê de seleção em fitas VHS ou, no caso de animações, também em arquivos de extensão .gif e .swf. O regulamento completo está no website do festival. A mostra competitiva terá três categorias, cada uma com dez concorrentes, no máximo: E-Cinema (filmes de ficção e experimentais), Animatec (animação) e .Doc (documentários). A única restrição é para peças publicitárias. "Na primeira seleção, levaremos em conta a viabilidade técnica do filme na rede", explica Francesca Azzi, da comissão organizadora. "Depois, o público e o júri especializado escolherão o que agradar mais. O cinema na Internet, hoje, é uma espécie de vale-tudo, e ninguém sabe ainda qual será o formato estilístico mais adequado para a rede." Incremento na rede O Brasil Digital é produzido pela Zeta Filmes, de Belo Horizonte, que atuou por um período na distribuição de filmes e mantém uma revista on line sobre cinema independente, www.zetafilmes.com.br, com patrocínio do guia de multimídia Justoaqui e apoio da Real Networks. "Estamos trabalhando com cinema na Internet há cerca de dois anos e vivenciamos a possibilidade que a rede oferece de divulgar trabalhos de caráter autoral que não encontram espaço de exibição convencional", afirma Francesca. Ela acredita que as novas possibilidades tecnológicas (conexão rápida, sistemas de compressão e de compactação digitais) deverão possibilitar o incremento do cinema on line e a compra e aluguel de filmes lançados exclusivamente na Internet. "O Brasil Digital pretende lançar duas perguntas: como será o cinema da rede e quais serão seus preceitos de linguagem", diz. Respostas a partir de outubro, no computador mais próximo, a qualquer hora, em qualquer lugar. Texto Anterior: Cinema: Nos EUA, Takeshi Kitano volta à violência Próximo Texto: Panorâmica: Spice Girl Victoria Beckham tem meningite Índice |
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