São Paulo, sábado, 04 de setembro de 2004

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TRECHO

"Os calculadores vão
dormir no sótão (....).
Mal começam a adormecer, sentem uma
correria estranha sobre
o corpo. (...) Quando
começam novamente a
fechar os olhos, ouvem
sons estranhos vindos
do quarto ao lado. Grunhidos, gritos de susto,
batidas numa porta. É
o velho pai da italiana,
completamente louco,
que está preso naquele
quarto. E, recomeçado
o bombardeio (o vale é
mais estreito naquele
ponto, e os estouros
ressoam com mais fragor em Silla), os gritos
do velho redobram de
intensidade. Apesar de
tudo, os calculadores
adormecem, menos o
grandalhão Ariosto,
que sai correndo de ceroula, para se abrigar
na parte mais baixa da
casa."

DE "GUERRA EM SURDINA"


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