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Formada por 24 CDs, série acompanhará o jornal aos domingos, traçando panorama dos mais importantes compositores clássicos
Folha lança coleção de música erudita
IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA
De Bach a Bernstein, passando
por Mozart, Beethoven, Stravinski e Villa-Lobos. Abrangendo os
mais diversos gêneros, estilos e
nacionalidades, a Coleção Folha
de Música Clássica coloca nas
bancas, a partir do próximo domingo, obras dos maiores compositores de todos os tempos.
Ao todo, serão lançados 24 volumes, constituídos por um livro
de 60 páginas com a biografia dos
autores canônicos da música erudita, e um CD com obras representativas da produção destes
mesmos compositores, executadas com a excelência que é a marca da Royal Philharmonic Orchestra, de Londres.
No primeiro domingo, dia 11, há
uma promoção especial: quem
adquirir o primeiro volume, com
sinfonias de Mozart, leva gratuitamente o segundo, trazendo os
dois concertos para piano de
Chopin.
A cada semana, até 18 de fevereiro de 2006, a coleção oferecerá
três séculos de música, do barroco
de Bach ("Jesus, Alegria dos Homens"), do século 18, aos acentos
jazzísticos de Gershwin ("Rhapsody in Blue"), do século 20, passando pelo classicismo de Haydn
("Sinfonia n. 100"), pelo romantismo de Brahms ("Sinfonia n.2"),
pelo nacionalismo de Grieg ("Suítes n.1 e n.2 de Peer Gynt") e pela
modernidade de Debussy ("Prélude à l'Après-Midi d'un Faune").
A variedade de gêneros contempla desde o piano solo de Schumann até a grandiosidade da escrita sinfônica de Mahler, passando pelo intimismo da música de
câmera de Schubert e pelas suítes
de balé de Tchaikovski.
Estarão representadas, ainda, algumas daquelas melodias que,
de tão populares, são familiares
mesmo a quem nunca foi a uma
sala de concertos, como o "Bolero", de Ravel, "As Quatro Estações", de Vivaldi, e "A Cavalgada
das Valquírias", de Wagner.
A tradição musical brasileira
também se faz presente, com um
volume que destaca Carlos Gomes, primeiro compositor nacional a conseguir sucesso no exterior, e o talento superlativo de Villa-Lobos.
A execução está a cargo de uma
das mais respeitadas instituições
musicais do Reino Unido, a Royal
Philharmonic Orchestra. Sediada
em Londres, a orquestra foi fundada quando o país ainda se recuperava das feridas da Segunda
Guerra Mundial, por iniciativa do
carismático maestro Thomas
Beecham (1879-1961).
Dirigida desde 1996 pelo italiano
Daniele Gatti, a RPO consolidou
uma sólida reputação internacional em inúmeras turnês e gravações. Na Coleção Folha de Música Clássica, ela atua sob a batuta
de alguns maestros de destaque
no circuito internacional, como
Charles Mackerras e Paavo Järvi.
A lista de regentes traz ainda uma
série de nomes que o público
paulistano teve a oportunidade
de ver atuando como convidados
à frente da Osesp. É o caso de James Judd, Gilbert Varga e Stefan
Sanderling.
Outros maestros de destaque que
integram a coleção são Evelino
Pido, especialista em ópera italiana, responsável pelo CD dedicado a aberturas de Rossini, e o russo Mark Ermler, símbolo da tradição de qualidade do Teatro
Bolshoi e que dirige, na coleção, a
"Sinfonia Pastoral", de Beethoven, e as coloridas suítes da ópera
"Carmen", de Bizet.
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