São Paulo, domingo, 04 de setembro de 2005

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Formada por 24 CDs, série acompanhará o jornal aos domingos, traçando panorama dos mais importantes compositores clássicos

Folha lança coleção de música erudita

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA FOLHA

De Bach a Bernstein, passando por Mozart, Beethoven, Stravinski e Villa-Lobos. Abrangendo os mais diversos gêneros, estilos e nacionalidades, a Coleção Folha de Música Clássica coloca nas bancas, a partir do próximo domingo, obras dos maiores compositores de todos os tempos.
Ao todo, serão lançados 24 volumes, constituídos por um livro de 60 páginas com a biografia dos autores canônicos da música erudita, e um CD com obras representativas da produção destes mesmos compositores, executadas com a excelência que é a marca da Royal Philharmonic Orchestra, de Londres.
No primeiro domingo, dia 11, há uma promoção especial: quem adquirir o primeiro volume, com sinfonias de Mozart, leva gratuitamente o segundo, trazendo os dois concertos para piano de Chopin.
A cada semana, até 18 de fevereiro de 2006, a coleção oferecerá três séculos de música, do barroco de Bach ("Jesus, Alegria dos Homens"), do século 18, aos acentos jazzísticos de Gershwin ("Rhapsody in Blue"), do século 20, passando pelo classicismo de Haydn ("Sinfonia n. 100"), pelo romantismo de Brahms ("Sinfonia n.2"), pelo nacionalismo de Grieg ("Suítes n.1 e n.2 de Peer Gynt") e pela modernidade de Debussy ("Prélude à l'Après-Midi d'un Faune").
A variedade de gêneros contempla desde o piano solo de Schumann até a grandiosidade da escrita sinfônica de Mahler, passando pelo intimismo da música de câmera de Schubert e pelas suítes de balé de Tchaikovski.
Estarão representadas, ainda, algumas daquelas melodias que, de tão populares, são familiares mesmo a quem nunca foi a uma sala de concertos, como o "Bolero", de Ravel, "As Quatro Estações", de Vivaldi, e "A Cavalgada das Valquírias", de Wagner.
A tradição musical brasileira também se faz presente, com um volume que destaca Carlos Gomes, primeiro compositor nacional a conseguir sucesso no exterior, e o talento superlativo de Villa-Lobos.
A execução está a cargo de uma das mais respeitadas instituições musicais do Reino Unido, a Royal Philharmonic Orchestra. Sediada em Londres, a orquestra foi fundada quando o país ainda se recuperava das feridas da Segunda Guerra Mundial, por iniciativa do carismático maestro Thomas Beecham (1879-1961).
Dirigida desde 1996 pelo italiano Daniele Gatti, a RPO consolidou uma sólida reputação internacional em inúmeras turnês e gravações. Na Coleção Folha de Música Clássica, ela atua sob a batuta de alguns maestros de destaque no circuito internacional, como Charles Mackerras e Paavo Järvi. A lista de regentes traz ainda uma série de nomes que o público paulistano teve a oportunidade de ver atuando como convidados à frente da Osesp. É o caso de James Judd, Gilbert Varga e Stefan Sanderling.
Outros maestros de destaque que integram a coleção são Evelino Pido, especialista em ópera italiana, responsável pelo CD dedicado a aberturas de Rossini, e o russo Mark Ermler, símbolo da tradição de qualidade do Teatro Bolshoi e que dirige, na coleção, a "Sinfonia Pastoral", de Beethoven, e as coloridas suítes da ópera "Carmen", de Bizet.

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