São Paulo, quarta-feira, 04 de outubro de 2000

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Regente adquiriu prestígio mundial

DA REPORTAGEM LOCAL

Daniel Barenboim, diretor musical da Sinfônica de Chicago e regente na turnê latino-americana, deu seu primeiro concerto de piano aos 7 anos, em Buenos Aires, cidade em que nasceu em 1942. Aos 9, emigrou com a família para Israel. No ano seguinte se apresentaria em Viena e Salzburgo.
Seus pais, professores de piano, o iniciam nessa primeira vertente de sua carreira musical, que o levaria a estudar com Edwin Fischer e Nadia Boulanger. Em 1960 apresentou-se em recital no Rio.
Estudou regência com Furtwangler e Markevitch. Como pianista, especializa-se, de início, nas 32 sonatas de Beethoven. Em seguida viaja com a English Chamber Orquestra, que rege e da qual é solista com a integral dos concertos para piano e orquestra de Mozart.
Inicia a regência de grandes óperas em 1973, em Edimburgo, com um "Don Giovanni". Ainda de Mozart, dirige dois anos depois "As Bodas de Fígaro".
Barenboim entra rapidamente no circuito do mais alto prestígio musical. Aos 39 anos, rege um "Tristão e Isolda", de Wagner, em Bayreuth, onde seria o maestro da "Tetralogia", na produção que estreou em 1988. Quatro anos depois assume a direção da prestigiosa Staatsoper de Berlim.
Barenboim reforça sua posição sólida como grife no mercado musical. Para gravar os cinco concertos de Beethoven para piano e orquestra, ele estará sob a direção de Otto Klemperer. Mas, ao reger, seu solista será Artur Rubinstein.
No papel aparentemente secundário de acompanhante de cantores em "lieder" alemães, grava com Janet Baker e Fischer-Dieskau. Entre as criações mundiais que lhe foram confiadas há peças de Luciano Berio e Elliott Carter.
Ele se apresentou em julho, em recital solo, na Sala São Paulo.
(JBN)


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