São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro de 2002

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CINEMA/ESTRÉIA

"A ÚLTIMA PROFECIA"

Mark Pellington cria clima de suspense com visões

Diretor segura canastrice de Richard Gere e faz boa ficção

SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK

Em 1964 , um repórter do "Washington Post" perde a mulher depois de um acidente de carro, causado por uma visão que só ela tem de um ser enorme, alado, com forma de traça e de olhos vermelhos, que ela registra em desenhos antes de morrer.
Dois anos depois, por uma série de coincidências, o viúvo é levado à cidadezinha de Point Pleasant, na Virgínia Ocidental, onde descobre que muitos moradores têm tido experiências semelhantes à que levou à morte de sua mulher.
Ele próprio se instala no local e passa a receber ligações estranhíssimas, em que uma voz assustadora avisa de catástrofes que vão ocorrer a seguir, sem deixar claro se apenas as prevê ou se é também o causador delas. O fenômeno todo dura 13 meses e então passa, da mesma maneira que começou, sem explicações.
Pois bem. É tudo verdade, aconteceu mesmo, segundo John A. Keel, o tal jornalista.
Se você comprar sua história como real, o filme funciona mais e fica tão assustador quanto assistir a "O Exorcista" pela primeira vez. Se não, também dá seu recado como ficção, principalmente por conta do diretor, o competente Mark Pellington (de "O Suspeito da Rua Arlington").
Ele consegue conter o ator Richard Gere (que, solto, tende ao canastrismo) e reúne um elenco de primeira, que vai da sempre ótima Laura Linney, como a policial que cuida dos casos e acaba se envolvendo com Gere, a Debra Messing, a Grace do seriado "Will & Grace", como a mulher que detona todo o processo.


A Última Profecia
The Mothman Prophecies    
Produção: EUA, 2002
Direção: Mark Pellington
Com: Richard Gere, Laura Linney
Onde: a partir de hoje nos cines Extra Anchieta 1, Interlagos 8 e circuito



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