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CINEMA/ESTRÉIA
"A ÚLTIMA PROFECIA"
Mark Pellington cria clima de suspense com visões
Diretor segura canastrice de Richard Gere e faz boa ficção
SÉRGIO DÁVILA
DE NOVA YORK
Em 1964 , um repórter do "Washington Post" perde a mulher depois de um acidente de carro, causado por uma visão que só ela tem de um ser enorme, alado, com forma de traça e de olhos vermelhos, que ela registra em desenhos antes de morrer.
Dois anos depois, por uma série
de coincidências, o viúvo é levado
à cidadezinha de Point Pleasant,
na Virgínia Ocidental, onde descobre que muitos moradores têm
tido experiências semelhantes à
que levou à morte de sua mulher.
Ele próprio se instala no local e
passa a receber ligações estranhíssimas, em que uma voz assustadora avisa de catástrofes que vão
ocorrer a seguir, sem deixar claro
se apenas as prevê ou se é também
o causador delas. O fenômeno todo dura 13 meses e então passa, da
mesma maneira que começou,
sem explicações.
Pois bem. É tudo verdade, aconteceu mesmo, segundo John A.
Keel, o tal jornalista.
Se você comprar sua história como real, o filme funciona mais e
fica tão assustador quanto assistir
a "O Exorcista" pela primeira vez.
Se não, também dá seu recado como ficção, principalmente por
conta do diretor, o competente
Mark Pellington (de "O Suspeito
da Rua Arlington").
Ele consegue conter o ator Richard Gere (que, solto, tende ao
canastrismo) e reúne um elenco
de primeira, que vai da sempre
ótima Laura Linney, como a policial que cuida dos casos e acaba se
envolvendo com Gere, a Debra
Messing, a Grace do seriado "Will
& Grace", como a mulher que detona todo o processo.
A Última Profecia
The Mothman Prophecies
Produção: EUA, 2002
Direção: Mark Pellington
Com: Richard Gere, Laura Linney
Onde: a partir de hoje nos cines Extra
Anchieta 1, Interlagos 8 e circuito
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