São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2005

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REPERCUSSÃO

CAUBY PEIXOTO, cantor:
"Emilinha foi muito mais do que uma cantora, era um ser humano muito especial. Era linda e muito paquerada, por isso seu marido me pediu para ficar sempre ao lado dela, para tomar conta. E eu comecei a aparecer perto de Emilinha nas fotos e foi assim que fiquei conhecido. Ela será uma rainha eterna, nunca haverá uma substituta."

JOÃO DONATO, compositor:
"A voz mais docinha do mundo. A mais doce que ouvi no rádio. Uma sonoridade bonita de uma voz feminina que chega aos ouvidos masculinos, uma sensação de bem-estar. Quase um bálsamo para os ouvidos."

CARMEN COSTA, cantora:
"Estou de luto. Em 1937, fizemos juntas o teste na Rádio Nacional e passamos, e a Emilinha cresceu muito, se tornou um mito."

AGNALDO RAYOL, cantor:
"Emilinha foi um dos maiores fenômenos que o Brasil já teve em termos de popularidade. Como cantora, ninguém foi como ela. É uma perda muito grande, ela vai deixar uma grande saudade."

NANA CAYMMI, cantora:
"Os Carnavais da minha infância e adolescência foram ao som de Emilinha, Marlene e Virgínia Lane. Eu adorava as marchinhas que ela cantava. Quando gravei "Se Queres Saber", alguns fãs dela ligavam para a minha casa dizendo que eu não podia roubar a música de Emilinha. Só de raiva, gravei três vezes. Ela nunca me falou, mas acho que gostou de eu ter gravado, até porque o autor da música, Peterpan, era cunhado dela e estava esquecido."

RICARDO CRAVO ALBIN, pesquisador musical:
"Emilinha deteve o maior índice de popularidade de uma mulher no Brasil. Ela tinha a identidade do povo brasileiro, a nossa doçura, a nossa brejeirice. Foi absoluta entre 1948 e 1968. Depois as coisas mudaram, porque o Brasil é muito ingrato com seus velhos mitos. Mas ela nunca se retirou."

EDUARDO DUSSEK, cantor (fez e dirigiu shows com Emilinha):
"Ela é o último bastião de uma época em que o marketing ainda era um bebê inocente. Não tinha voz poderosa, mas tinha uma presença cênica e um carisma que suplantavam qualquer limitação."

HERMÍNIO BELLO DE CARVALHO, compositor:
"Ela era muito afável e, no bom sentido, baderneira. Dizia para mim: "Você é marlenista". E é verdade, mas sempre a respeitei muito como cantora. A própria Marlene dizia que afinada mesmo era a Emilinha."


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