São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2011

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CRÍTICA SHOW

System of a Down merecia ter encerrado o festival no Rio

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DO RIO

É razoável argumentar (ainda que não seja isento de controvérsias) que, depois de assistir à maior banda de heavy metal do século 20 (o Metallica), o público do Rock in Rio teve anteontem a chance de conferir o show do maior grupo do gênero no século 21 -o System of a Down.
E o que se viu foi uma apresentação memorável, que atendeu à grande expectativa da plateia. O SOAD foi a banda mais votada em enquete prévia sobre a programação do festival carioca.
O quarteto armeno-americano, em pausa desde 2006, voltou à ativa neste ano e veio pela primeira vez ao Brasil. A força e a singularidade do System of a Down estão na sua capacidade de incorporar gêneros diversos (dance, reggae, rap, música étnica) até então considerados incompatíveis com o metal.
A essa base sonora soma-se um ativismo político que transparece em boa parte das letras durante o show no Rock in Rio, falaram contra "o desenvolvimento desnecessário que afeta a vida dos índios brasileiros".
Assim como em São Paulo, no sábado, no Rio o grupo tocou 29 músicas de seus cinco álbuns, fazendo um bom apanhado da carreira. Já a partir das hipnóticas batidas de "Prison Song", a música de abertura, a energia concentrada na plateia explodiu, abrindo as características rodas no meio do público amontoado, na base da força e dos empurrões.
Capitaneado pelo vocalista Serj Tankian (que também toca teclados e guitarra) e pelo guitarrista Daron Malakian (que também canta), o grupo sabiamente dosou o ritmo do show, para evitar que os fãs saíssem de maca.
Anunciado como "co-headliner" (uma banda com importância semelhante à da atração que fechava a noite), o SOAD mostrou que teria sido bem melhor se o Rock in Rio tivesse terminado ali -ainda mais comparado ao que veio depois (leia acima).

SYSTEM OF A DOWN
AVALIAÇÃO ótimo


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