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ANÁLISE
Música
ligeira e bêbada
especial para a Folha
Bregovic conseguiu notoriedade fora de seu país com Kusturica
e o show "Tempo de Ciganos",
que viajou pela Europa à época do
filme homônimo. Vivendo em
Paris, mantinha uma orquestra
em Sarajevo. Causou furor no
Festival de Jazz de Montreux (97).
Num evento sedento por exotismo, suas idosas e patuscas cantoras e seus tocadores de tubas eram
estrelas máximas.
Embora, como na Suíça, a motivação a ir ao Sesc amanhã possa
ter a ver com comiseração, assistir
aos ciganos de Bregovic é, perdão
pelo slogan, diversão garantida.
Seus músicos produzem música
ligeira, têm dotes circenses e devem se apresentar bêbados.
Então tudo bem o seu desinteresse pela anexação do Kosovo, o
bombardeio sobre Belgrado, a
violência no Timor (Ti o quê?) e as
fugas da Febem. Bregovic não
projeta slides de crianças mortas.
Quando muito, uma menção à
morte espúria do croata Suba.
Ambos eram pop stars juvenis
quando aquilo tudo tinha um só
nome.
(PAULO VIEIRA)
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