São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2000

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Relação com a dança começou com Tharp

ESPECIAL PARA A FOLHA

Em "Push Comes to Shove", autobiografia de Twyla Tharp, uma das mais importantes coreógrafas da dança moderna americana, há um capítulo dedicado à parceria com David Byrne. Inédito no Brasil, esse livro, lançado em 92 pela editora americana Bantam, conta como Tharp conheceu Byrne, quando ele era líder da banda Talking Heads, que havia ajudado a fundar em 76.
Requisitado por Tharp para compor a partitura do espetáculo "The Catherine Wheel", que estreou em setembro de 1981 no Winter Garden Theatre de Nova York, Byrne acabou se enamorando de Tharp, mantendo com ela um breve romance. "Byrne me parecia um cientista do bizarro. Para ele, o caos era real", escreveu Tharp sobre o compositor.
Contudo, a parceria artística com Tharp inauguraria na carreira de Byrne um relacionamento bem mais duradouro com a dança. Ainda nos anos 80, ele trabalhou com o diretor teatral Bob Wilson, cujos espetáculos possuem um vigoroso senso coreográfico. Com Wilson, Byrne colaborou em duas produções: "The Knee Plays" e "The Forest". "Ao contrário de Tharp e Vandekeybus, as exigências de Wilson foram mais práticas do que estéticas."
Nascido em 1953 na Escócia, Byrne vive em Nova York e, além de compositor, tem se destacado como roteirista e diretor de filmes e videoclipes. Entre suas produções mais conhecidas nessa área, estão "True Stories" e "Ilê Aiye: The House of Life", um documentário sobre a religião africana no Brasil. Nos últimos anos, por meio de sua gravadora, a Luaka Bop, Byrne vem divulgando música de várias partes do mundo, inclusive a brasileira. (AFP)


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