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CINEMA
"Projeta Brasil", promoção da rede Cinemark, exibe apenas hoje 19 produções brasileiras concluídas entre 2001 e 2002
Filmes nacionais têm ingressos a R$ 1
SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL
Em comemoração do Dia do
Cinema Nacional, a rede de exibição Cinemark, que detém o maior
número de salas no país (264, em
17 cidades), exibe hoje exclusivamente títulos brasileiros, com ingressos a R$ 1 em todas as sessões.
Participam da promoção, chamada "Projeta Brasil", 19 filmes
concluídos entre 2001 e 2002.
Nem todos os títulos ocuparam
salas do circuito Cinemark quando foram lançados, e um deles,
"Cidade de Deus", permanece em
cartaz. O diretor-presidente da rede exibidora, Valmir Fernandes,
diz que os cineastas aceitaram
participar porque "compreenderam que o objetivo da campanha
é valorizar o cinema brasileiro".
"Quando estreou, não exibimos
"Lavoura Arcaica", por exemplo,
porque ele foi lançado com poucas cópias e acabou ficando restrito ao circuito de cinemas de arte",
afirma Fernandes.
Já "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, com co-direção de
Katia Lund, lançado no dia 30 de
agosto, continua lotando as salas,
com ingressos vendidos no valor
integral. "Eles poderiam perfeitamente não querer integrar a promoção, mas decidiram apoiá-la",
diz o executivo.
Renda
A renda obtida hoje pela campanha será destinada a iniciativas
de apoio ao cinema brasileiro. A
Cinemark espera registrar um público de 150 mil pessoas em todo o
país. No ano passado, a campanha atraiu aproximadamente 135
mil espectadores.
"Se atingirmos a marca de 150
mil pessoas, descontados os impostos, teremos cerca de R$ 130
mil para investir", diz Fernandes.
Parte desse dinheiro será oferecida como prêmio ao filme eleito
pelo júri popular no próximo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (de 19 a 26 de novembro) e
ao vencedor do Festival de Gramado em 2003. Cada um deverá
receber R$ 20 mil.
Concorrem este ano em Brasília
"A Festa de Margarette", de Renato Falcão, "Amarelo Manga", de
Cláudio Assis, "Cama de Gato",
de Alexandre Stockler, "Desmundo", de Alain Fresnot, "Dois Perdidos numa Noite Suja", de José
Joffily, e "Lua Cambará", de Rosemberg Cariry.
O restante da renda será revertido para um projeto ainda em estudo. "Estamos considerando três
alternativas: ampliar a oferta de
prêmios a outros festivais, investir
na preservação de acervos nacionais ou na recuperação de um filme específico", diz Fernandes.
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