São Paulo, segunda-feira, 04 de novembro de 2002

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CINEMA

"Projeta Brasil", promoção da rede Cinemark, exibe apenas hoje 19 produções brasileiras concluídas entre 2001 e 2002

Filmes nacionais têm ingressos a R$ 1

SILVANA ARANTES
DA REPORTAGEM LOCAL

Em comemoração do Dia do Cinema Nacional, a rede de exibição Cinemark, que detém o maior número de salas no país (264, em 17 cidades), exibe hoje exclusivamente títulos brasileiros, com ingressos a R$ 1 em todas as sessões.
Participam da promoção, chamada "Projeta Brasil", 19 filmes concluídos entre 2001 e 2002.
Nem todos os títulos ocuparam salas do circuito Cinemark quando foram lançados, e um deles, "Cidade de Deus", permanece em cartaz. O diretor-presidente da rede exibidora, Valmir Fernandes, diz que os cineastas aceitaram participar porque "compreenderam que o objetivo da campanha é valorizar o cinema brasileiro".
"Quando estreou, não exibimos "Lavoura Arcaica", por exemplo, porque ele foi lançado com poucas cópias e acabou ficando restrito ao circuito de cinemas de arte", afirma Fernandes.
Já "Cidade de Deus", de Fernando Meirelles, com co-direção de Katia Lund, lançado no dia 30 de agosto, continua lotando as salas, com ingressos vendidos no valor integral. "Eles poderiam perfeitamente não querer integrar a promoção, mas decidiram apoiá-la", diz o executivo.

Renda
A renda obtida hoje pela campanha será destinada a iniciativas de apoio ao cinema brasileiro. A Cinemark espera registrar um público de 150 mil pessoas em todo o país. No ano passado, a campanha atraiu aproximadamente 135 mil espectadores.
"Se atingirmos a marca de 150 mil pessoas, descontados os impostos, teremos cerca de R$ 130 mil para investir", diz Fernandes.
Parte desse dinheiro será oferecida como prêmio ao filme eleito pelo júri popular no próximo Festival de Brasília do Cinema Brasileiro (de 19 a 26 de novembro) e ao vencedor do Festival de Gramado em 2003. Cada um deverá receber R$ 20 mil.
Concorrem este ano em Brasília "A Festa de Margarette", de Renato Falcão, "Amarelo Manga", de Cláudio Assis, "Cama de Gato", de Alexandre Stockler, "Desmundo", de Alain Fresnot, "Dois Perdidos numa Noite Suja", de José Joffily, e "Lua Cambará", de Rosemberg Cariry.
O restante da renda será revertido para um projeto ainda em estudo. "Estamos considerando três alternativas: ampliar a oferta de prêmios a outros festivais, investir na preservação de acervos nacionais ou na recuperação de um filme específico", diz Fernandes.


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