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O MUNDO DE BACO
Região da Bairrada esconde surpreendentes tintos densos
JORGE CARRARA
ENVIADO ESPECIAL A PORTUGAL
Tradição vinícola não falta
na Bairrada. Foi lá, por exemplo, que se produziram os primeiros espumantes portugueses, no
final do século 19. A região, aliás,
encravada no noroeste de Portugal, vizinha à costa do Atlântico,
entre as cidades de Aveiro e
Coimbra, é hoje uma das principais fontes de goles borbulhantes
lusitanos.
Mas uma visita à Bairrada (como a realizada por este colunista
semanas atrás) mostra que dos
seus 15 mil hectares de vinhedos
surgem também bons tintos e
brancos, modelados principalmente com cepas portuguesas. A
mais importante do lugar é a baga, base de tintos densos, marcados por um frutado peculiar e capazes de suportar uma longa
guarda.
Entre as brancas, os destaques
são a maria gómes e (ainda mais
interessante) a bical, uma uva que
pode ser transformada em vinhos
de fruta exuberante e atraente.
Abaixo, alguns dos melhores
exemplares provados na viagem
(os produtores que já se encontram no Brasil têm indicada a sua
importadora).
Adega Cooperativa da Mealhada: Menção para o Encosta de
Mouros Bical 02, um branco intenso, marcado por frutas tropicais (86/100); Adega Cooperativa
de Cantanhede: tem bons tintos,
como o Marquês de Marialva Reserva 01, encorpado e complexo
(87/100); Campolargo: bons goles
rubros como o Vinha da Costa 01,
redondo, elegante, concentrado e
persistente (89/100); Caves Primavera: o seu Bical-Chardonnay
Brut 02, rico e cremoso, foi um
dos melhores espumantes da viagem (87/100); Luis Pato: brilhou o
Vinha Barrio 01, um baga frutado,
atraente, sedoso em boca (88/100,
Mistral, tel 0/xx/11/3372-3400);
Casa de Saima: destaque para
Garrafeira 01, outro baga delicioso marcado por fruta e geléias
(88/100, Decanter, tel 0/xx/11/
3071-3055).
O colunista Jorge Carrara viajou a Portugal a convite do Icep (Investimentos
Comércio e Turismo de Portugal) e da
Varig
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