DA REDAÇÃO

Claude Monet é pop. A partir dessa premissa, confirmada pelos recordes de bilheteria das exposições de suas obras mundo afora e pelos altíssimos preços que estas vêm alcançando em leilões, o documentário "Enlouquecidos por Monet", dirigido por Nick Pattison, procura mostrar a vida do pintor a partir de sua obra.
O programa, que vai ao ar hoje, no Eurochannel, foi produzido pelo canal britânico BBC e investiga os lugares em que Claude Monet (1840-1926) viveu e trabalhou, como Paris e Londres e, em especial, sua casa em Giverny, no interior da França, onde cultivou seu gosto pelos jardins e nenúfares, protagonistas de sua obra.
Nascido em Paris, Monet se mudou com a família, ainda criança, para a região costeira da Normandia, na França. Lá, começou a fazer caricaturas quando jovem e, pouco tempo depois, conheceu o pintor Eugène Boudin (1824-1898), que o apresentou à pintura de paisagem ao ar livre -que se tornou uma das marcas de seu trabalho.
A pintura de Monet se caracterizou sobretudo pela importância adquirida pela cor, em detrimento da linha. A luz natural era uma de suas principais inspirações, e o artista era capaz de passar um dia inteiro mal-humorado em sua cama se não houvesse uma boa luz para realizar seu trabalho.
A obra "Impression - Soleil Levant", de 1872, deu nome ao movimento impressionista, do qual Monet se tornou um dos principais representantes, ao lado de Renoir, Alfred Sisley, Edgar Degas, Édouard Manet, Paul Cézanne e Camille Pissarro, e outros.
Além da biografia do pintor francês, o documentário mostra fãs algo excêntricos do pintor, como o cabeleireiro que abriu seu salão de beleza "Monet", cuja decoração é inspirada nas obras do pintor. Um leiloeiro confirma o sucesso contemporâneo das obras do impressionista, que, diz, poderia se chamar "Money" (dinheiro, em inglês) em vez de Monet. A "monetmania" é completa pela enxurrada de mercadorias com o tema "Monet".
(ALEXANDRA MORAES)