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MÚSICA
Aniversário de 25 anos da morte de John Lennon turbina a programação, que mostra de documentários a ficção
TV revira as faces e fases de John Lennon
ADRIANA FERREIRA SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os beatlemaníacos têm vários
motivos para ficar grudados na
TV nos próximos dias. De carona
nos 25 anos da morte de John
Lennon, assassinado por Mark
Chapman em 8 de dezembro de
1980, em Nova York, o GNT exibe
dois documentários em que ele é
o protagonista, além do inédito
"Os Segredos dos Beatles", que
conta a "história secreta" dos ingleses. Para complementar o pacote, o canal MGM apresenta a
ficção "John Lennon - O Mito".
Aos fãs que sentiram taquicardia só de pensar em perder algum
deles, não há motivo para pânico:
todos serão reprisados pelo menos uma vez (veja quadro).
Quem prefere ir direto ao que
interessa, então a dica é se programar para a estréia de "John Lennon e Yoko Ono: Uma Chance à
Paz", longa-metragem do canadense Paul MacGrath que registra
um protesto da dupla durante sua
lua-de-mel, em 1969.
Naquela época, em sua fase
mais "riponga", Lennon e Yoko
passaram uma semana de pijama
e camisola, deitados em uma cama do hotel Rainha Elizabeth, no
Canadá, cantando, tocando e fazendo protestos contra a Guerra
do Vietnã. No período, o casal
concedeu 2.000 entrevistas e recebeu dezenas de jornalistas, fotógrafos, fãs e amigos famosos, como o psicólogo -e então candidato ao governo da Califórnia-
Timothy Leary, famoso por suas
experiências com LSD, e o poeta
beatnik Allen Ginsberg.
MacGrath faz uma edição caprichada, com imagens de arquivo e
entrevistas com pessoas que freqüentaram o local, além da própria Yoko, para relembrar uma
época em que o barbudo Lennon
foi diversas vezes comparado a
um Messias.
A cena mais contundente é a
gravação da canção que dá nome
ao filme, "Give Peace a Chance",
hino contra a guerra. O registro
foi feito no quarto, com o ex-beatle acompanhado por um coro
emocionado. É de arrepiar.
Outra música pacifista de Lennon, "Imagine", tematiza o documentário "Imagine, Imagine".
Menos inspirado, o longa utiliza
todo o tipo de clichê, de criancinhas a imagens esotéricas, para
falar sobre a repercussão dessa
música no planeta.
Vale por depoimentos de Yoko
e cenas como a de Lennon em
uma balada com Mick Jagger.
Fofocas
Assessores de imprensa, ex-empresários, "groupies", amigos de
infância e todo o tipo de coadjuvantes contam os podres do quarteto de Liverpool em "Os Segredos dos Beatles", exibido em dois
episódios também no GNT.
Farto de imagens de arquivo de
John Lennon, Paul McCartney,
George Harrison e Ringo Starr,
desde a adolescência até o fim da
banda, em 1970, o filme apimenta
a trajetória do grupo com histórias sobre sexo e drogas.
Uma mulher que diz ter sido
amante de McCartney, Francie
Schwartz, conta como um dia ele
a convidou para ir ao quarto dizendo: "Hoje é dia de f...".
Não faltam especulações sobre a
sexualidade de John Lennon, que
teria mantido encontros com o
empresário Brian Epstein, descrito como "homossexual e sadomasoquista".
Por fim, o diretor David Carson
romanceia a biografia do grupo
em "John Lennon - o Mito", uma
historinha para ouvir Beatles.
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