DA REDAÇÃO

Os 90 anos da artista plástica nipo-brasileira Tomie Ohtake, completos no último 21 de novembro, foram comemorados naquele mês, em São Paulo, com a abertura da exposição "Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte", no instituto que leva o nome da artista, em Pinheiros.
A partir de hoje, a mostra ganha espaço no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, com o acréscimo de duas obras produzidas recentemente por Tomie -duas telas de 2m x 3m, exemplares em grande escala saídos das mãos miúdas da artista-, que não estavam prontas para a exposição em São Paulo.
Há também pequenas modificações, realizadas para adaptar a mostra de SP ao espaço que a recebe no Rio, como a substituição de três óleos de Ismael Nery por quatro desenhos do artista.
Com curadoria do crítico Paulo Herkenhoff (que também dirige o MNBA), a mostra dispõe obras de Tomie ao lado de trabalhos de outros artistas, de Aleijadinho a Tarsila do Amaral, de Manabu Mabe a Mario Cravo Neto, eleitas por tema ou influência -tanto de quanto sobre Tomie.
Em oito módulos, as aproximações entre Tomie Ohtake e os outros 45 artistas são feitas através de idéias mais ou menos pontuais, como a presença da religião na formação cultural brasileira, o diálogo específico entre a homenageada e Flávio de Carvalho, Manoel Santiago e Ismael Nery, no segmento "Ultrametafísica", ou a tessitura da arte nipo-brasileira, através de trabalhos de Flavio-Shiró, Wakabayashi, Mabe e Mauro Fuke, entre outros, no módulo "Do Jabaquara ao Brooklin".