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São Paulo, quarta-feira, 05 de março de 2003

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Ator emagreceu 12 quilos para o filme

Divulgação
Adrien Brody, que foi indicado ao Oscar pelo papel


FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM LOS ANGELES

Ao ser contratado para o papel de Wladyslaw Szpilman em "O Pianista", Adrien Brody resolveu "abandonar o barco" e viver uma nova vida na Europa.
"Entreguei meu apartamento no bairro do Village, em Nova York, vendi meu carro, desconectei meu celular, juntei um punhado de roupas que sobraram de um bazar que fiz em casa e embarquei para a Polônia levando apenas uma mala e meu teclado", explica Brody à Folha.
"Durante os seis meses seguintes, fiquei vivendo uma intensa aula de história e tendo uma das melhores "master class" que um ator poderia almejar: sob a batuta de Roman Polanski."
Por sua performance em "O Pianista", Brody, 29, conseguiu sua primeira indicação ao Oscar. Foi uma seleção inesperada, uma vez que parecia quase garantida uma vaga para Leonardo DiCaprio (mais uma vez esnobado pela Academia), por seu papel em "Gangues de Nova York".
Mas o reconhecimento não veio sem esforço. Além de ter de emagrecer cerca de 12 quilos e de ter aprendido a tocar piano, ele rodou o filme em ordem cronologicamente inversa. As cenas dramáticas foram progredindo, assim como a mudança na fisionomia do ator e sua irritabilidade.
"Não foi fácil fazer cenas tão dramáticas assim desde o início, quando não existe nenhum entrosamento. Muita gente teve problemas comigo e até meu namoro terminou", explica o ator.
Numa das últimas cenas de "O Pianista", a da volta de Szpilman à rádio em que tocava Chopin e na qual reencontra o engenheiro de som que também sobreviveu ao Holocausto, ator e diretor explodiram em lagrimas. "Ao tocar o "Noturno Póstumo", uma música muito melancólica de Chopin, comecei a marejar", explica. "Quando olhei para Polanski no final, ele também estava chorando. Ficamos um olhando para o outro sem falar nada", lembra.


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