|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Keane volta a SP em mês de maratona de shows
Após seu terceiro disco, banda inglesa dissipa comparações com o Coldplay
Entre os artistas que se apresentam na capital paulista neste mês, estão Liza Minnelli, Iron Maiden, Radiohead e Simple Plan
THIAGO NEY
DA REPORTAGEM LOCAL
Para alguns, eles eram um
"clone do Coldplay". Para outros, "a banda de rock que não
usa guitarras". Esses dois apostos estão definitivamente dissociados do Keane, trio britânico que se apresenta em São
Paulo (10/3), Belo Horizonte
(12/3) e Rio (13/3).
Formado pelos ingleses Tom
Chaplin (29 anos; vocalista),
Tim Rice-Oxley (32; teclado e
sintetizadores) e Richard Hughes (33; bateria), o Keane é um
dos nomes que recheiam a maratona de shows pop que percorre o país, e São Paulo em
particular, neste março (veja
quadro ao lado).
Se no primeiro álbum, "Hopes and Fears", de 2004, o Keane inspirava comparações com
o Coldplay, por culpa de baladas como "Somewhere Only
We Know", a banda dissipou
parcialmente essa lembrança
com o segundo disco, "Under
the Iron Sea" (2006), mais
sombrio e roqueiro.
Mas foi com "Perfect
Symmetry", do final do ano
passado, que o grupo conseguiu
enterrar qualquer associação
com a banda de Chris Martin.
No álbum, o Keane mostra versatilidade ao injetar em suas
faixas referências que vão até a
soul music e a disco.
"Queríamos, definitivamente, fazer algo diferente [nesse
disco]", conta Chaplin à Folha.
"Há muita banda por aí que faz
a mesma música ano após ano.
Não tem o desejo ou a capacidade de mudar. Nós gostamos
de ir contra as expectativas.
Agora, usamos percussão, muitos vocais de apoio, sintetizadores." E guitarra.
Em "Perfect Symmetry", o
trio utiliza o instrumento pela
primeira vez. "Nos shows, toco
guitarra um pouco. Muita gente nos chamava de "banda do
piano". Somos mais do que isso,
somos uma banda de rock, como eram Talking Heads, Beatles, Radiohead. O piano era
usado mais como guitarra do
que como piano", aponta.
"Usamos [guitarra] em "Spiralling" [single do disco] e gostamos do resultado. Não que
sejamos a melhor guitarra do
mundo, mas foi empolgante."
Esta será a segunda turnê no
país, o que deixa a banda livre
para concentrar os shows nas
músicas recentes. "Vamos tocar faixas de todos os discos,
mas estamos no meio da turnê
mundial, lançamos o disco há
pouco tempo, então vamos
mostrar várias faixas dele. Não
queremos shows burocráticos", promete Tom Chaplin.
Texto Anterior: Artes plásticas: Mostra reúne fotos sobre a Espanha Próximo Texto: Foco: "Somos os que sobraram, temos de sobreviver", diz líder dos Backstreet Boys Índice
|