Um dos grupos italianos de moda mais poderosos atualmente chama-se Only the Brave -dono das marcas DSquared2, Martin Margiela, Viktor & Rolf, de parte da Vivienne Westwood e também da Diesel.
Apesar de ter sua sede em Molvena, cidade próxima de Milão, a Diesel não desfila na Itália, mas em Nova York, por conta de sua estratégia comercial. E apresenta ali apenas uma coleção especial, com peças mais sofisticadas e mais caras, chamada Diesel Black Gold.
Lançada em 2007, esta linha ganhou agora uma nova diretora de criação, a estilista grega Sophia Kokosalaki, 37, que é pouco conhecida no Brasil, mas renomada na moda europeia.
Mais ilustre estilista da Grécia, Sophia visita sempre o país e permanece otimista a respeito de sua terra natal, apesar da grave crise econômica que a atinge. "A situação está difícil, mas tenho certeza que a Grécia vai superar tudo", diz.
Sophia estudou na famosa Central Saint Martins College of Art and Design, de Londres, ganhou vários prêmios e apresenta os desfiles de sua marca (que leva o seu nome) em Paris.
"Quando entrei para a Diesel, em julho último, já haviam começado a fazer a coleção, mas consegui fazer algumas mudanças substanciais", disse Sophia à Folha, em Nova York.
De fato. A coleção ganhou um toque de sofisticação, com silhuetas mais enxutas e um interessante trabalho de "colagem" de jeans e couro -material, aliás, com o qual ela adora trabalhar em sua própria grife.
"Não tive nenhuma restrição ao criar para a Diesel. Tive apenas de manter alguns parâmetros intactos. Afinal, é uma marca jovem, que tem de ser entendida facilmente pelo seu consumidor global", afirma.
O que não a impediu de, num look ou outro, cometer algumas ousadias e garantir que os jornalistas de moda fiquem, a partir de agora, bem atentos ao desejo da Diesel de se tornar mais do que uma grife de jeans: uma marca de moda.

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