São Paulo, sexta-feira, 05 de março de 2010

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REPERCUSSÃO

CLAUDETTE SOARES, cantora:
"Imagine que Tom Jobim o seguia em boates para vê-lo tocando piano, ficava enlouquecido com aquelas harmonias. Quando vai embora um compositor como ele, o que acontece às intérpretes como eu? Morrem junto, um pouco"

CARLOS LYRA, compositor:
"Quando minha geração chegou, ele já tinha lançado as sementes: samba-canção moderno, influência de jazz, letra coloquial para se sussurrar no ouvido. Eram composições menos derramadas, mais cool"

PERY RIBEIRO, cantor:
"Tom Jobim dizia que, antes mesmo da bossa nova, tinha respeito por Johnny Alf. O caminho para esse movimento musical foi aberto por ele. Perdemos um ícone, uma referência maravilhosa e uma pilastra da música popular brasileira, uma cultura de altíssima qualidade, que ele sempre impôs"

PAULO CÉSAR PINHEIRO, compositor:
"Foi um dos compositores mais importantes que conheci, influenciou diversas gerações e era um sujeito moderno, à frente do seu tempo, já nos anos 50. Foi pouco reconhecido. Viveu na noite e era muito discreto, não fazia questão de aparecer"

NELSON MOTTA, jornalista e compositor:
"Foi um modernizador da música brasileira, introduziu um jeito de tocar e de cantar cheio de firulas. E um compositor importantíssimo, autor de clássicos. Era um talento solitário. A escola do Johnny Alf começa e termina com ele"

WANDERLÉA, cantora:
"Gravei música dele em meu último disco e iria tê-lo comigo no DVD, mas ele ficou doente. Uma vez, Roberto [Carlos] me ligou e eu estava justamente num ensaio com Johnny. Eles conversaram muito; eram amigos de longa data. Fiquei feliz de ter refeito essa ponte entre os dois"

ALAÍDE COSTA, cantora:
"Era a fina flor da MPB. É uma tristeza muito grande. Somos amigos desde os anos 50 e fizemos muita coisa juntos"

OSCAR CASTRO-NEVES, maestro:
"Não posso deixar de enfatizar o nome e a personalidade que era Johnny Alf. O que a gente herda dele é incalculável"


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