THALES DE MENEZES
da Reportagem Local

Em 1953, o produtor japonês Tomoyuki Tanaka viu o filme americano "The Beast from 20.000 Fathoms", no qual um dinossauro congelado no Ártico é despertado por testes atômicos na região.
Tanaka, uma das cabeças dos estúdios Toho, encomendou a seu mais talentoso roteirista e diretor uma história parecida. Inoshiro Honda criou então Gojira, réptil fossilizado que volta à vida.
O filme "Gojira" ficou tão bom que a Toho percebeu que deveria lançá-lo até nos EUA. Como a rejeição aos japoneses era grande na América, a Toho optou por fazer uma nova versão, incluindo também atores americanos.
A criatura ganhou novo nome, já que a pronúncia de Gojira era difícil para os americanos, e "Godzilla, o Rei dos Monstros" virou um grande sucesso mundial.
Inoshiro Honda, já falecido, é hoje reconhecido como o mestre dos filmes de monstros. Além de Godzilla, criou Mothra (uma borboleta gigante), Gamerah (a tartaruga voadora), Ghidrah (monstro voador com três cabeças) e dezenas de outros que se misturavam em várias produções da Toho.
Apenas as sequências de Godzilla que levam a assinatura de Honda escapam da mediocridade. É dele também a obra mais grandiosa do gênero, "Destroy All Monsters" (69), que reúne todo o cast de bichões da Toho. Godzilla aparece numa cena curta, sem ser chamado pelo nome, e destrói Nova York. Parece que ele gostou de lá.



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