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São Paulo, sábado, 05 de abril de 2003

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Oriente-se


Kenzaburo Oe, Prêmio Nobel e mais prestigioso autor japonês, e o fenômeno da literatura pop Haruki Murakami falam à Folha sobre seus livros que chegam ao Brasil


CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL /b>

O caminho começou a ser aberto a espadadas de samurai. Lançado em 1999 no Brasil, o tijolão "Musashi", de Eiji Yoshikawa, saga de um guerreiro japonês do século 16, protagonizou um dos grandes fenômenos editoriais recentes no país. Prensado com 4.000 exemplares pela Estação Liberdade, o catatau de 924 páginas escalou com agilidade ninja a lista dos mais vendidos e já ultrapassa de longe a marca de 60 mil livros.
Desde então, a literatura japonesa, restrita a contados títulos e editoras, passou a dar mais o ar de sua graça. O começo de 2003, porém, é que traz a mais forte brisa literária do Oriente. Há um mês, as livrarias brasileiras receberam uma das obras centrais do autor mais prestigiado do Japão.
Prêmio Nobel de Literatura de 1994, o escritor Kenzaburo Oe, 69, era praticamente inédito no país. Dono de uma voz muito particular na literatura japonesa, ele teve sua obra mais particular lançada pela Companhia das Letras.
O delicado "Uma Questão Pessoal", publicado há 30 anos, parte da biografia do próprio Oe. Assim como ele, seu personagem Bird recebe, na maternidade, a notícia de que seu primeiro filho nascera com um sério problema cerebral. E por aí vai sua prosa magistral.
Esta semana, outro notável romancista japonês vem acompanhar Oe nas livrarias. Maior fenômeno literário de seu país, com 4,5 milhões de exemplares vendidos de apenas um de seus livros, "Norwegian Wood", Haruki Murakami tem seu mais recente romance lançado no Brasil. A editora Objetiva está publicando no país "Minha Querida Sputnik".
Oe e Murakami, principais "astros" das letras japonesas, conversaram com a Folha sobre os livros e comentaram características de suas prosas. Oriente-se por eles.


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