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PERSONALIDADE
Artista plástico concretista e arquiteto sofria de câncer
Nogueira Lima morre aos 68 anos
da Redação
O artista plástico e arquiteto
Maurício Nogueira Lima morreu
na tarde da última quinta-feira de
câncer generalizado, aos 68 anos.
Lima estava internado no hospital
Madre Teodora, em Campinas,
desde 28 de fevereiro. O corpo do
artista plástico foi cremado na sexta-feira, no Crematório Municipal
da Vila Alpina, em São Paulo.
Nascido em Recife (PE), em 1930,
Nogueira Lima estudou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da
Universidade do Rio Grande do
Sul e artes gráficas no Instituto de
Arte Contemporânea do Masp
(Museu de Arte de São Paulo).
Também era formado em arquitetura pela Universidade Mackenzie e, em 1973, passou a lecionar na
FAU-USP (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
de São Paulo). Devido à doença, o
professor estava afastado das aulas
desde agosto do ano passado.
Como artista plástico, Nogueira
Lima foi um dos fundadores do
movimento Ruptura, grupo concretista radicado em São Paulo e
iniciado em 1952.
"Ele era o mais novo integrante
do movimento", disse Hermelindo
Fiaminghi. "Sempre ativo, ele foi
muito importante para o Ruptura", completou o artista, também
fundador do grupo.
"É uma morte lamentável, pois
ele participou da mais importante
geração das artes plásticas do Brasil", afirmou ontem o artista plástico Nuno Ramos.
Um dos últimos trabalhos de
Maurício Nogueira Lima foi a pintura das laterais do elevado Costa e
Silva, no ano passado, em São Paulo. Sua obra, um projeto com linhas diagonais, em tons ocre e
amarelo, pode ser vista na lateral
do lado norte do "Minhocão".
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