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HOMENAGEM
Centro Cultural Banco do Brasil do Rio exibirá "Espoir, Sierra de Teruel" e Aliança Francesa de SP terá palestra
SP e Rio celebram cem anos do francês André Malraux
CLAUDIA ASSEF
DA REPORTAGEM LOCAL
Há pelo menos uma boa razão
para ficar de olho nas comemorações dos cem anos do escritor
francês André Malraux (1901-1976), que acontecem no Brasil: a
rara oportunidade de assistir a
"Espoir, Sierra de Teruel", filme
de 1938, escrito e dirigido por ele.
Baseado no romance "Espoir"
("Esperança", 1937), livro que
mistura ficção e realidade e tem
como pano de fundo a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), o longa
poderia entrar para a categoria
dos "filmes cultuados que ninguém (ou quase ninguém) viu".
No Rio, o filme será exibido nesta sexta, às 16h30, no Centro Cultural Banco do Brasil (r. 1º de
Março, 66, centro, tel. 0/xx/21/3808-2020).
Em São Paulo, a Aliança Francesa do Jardim América (r. Bela Cintra, 1.737, tel. 0/xx/11/3062-9754)
já exibe uma mostra sobre Maulraux e também contará com a
presença do professor de literatura francesa Monces Khemiri, da
Universidade de Sourbonne, na
França, e da Faculdade de Letras
de Manouba, na Tunísia, para a
palestra "Malraux: Paixão pela
Arte e Arte Medieval", que ocorrerá no dia 8 de junho, às 19h.
No Centro Cultural Banco do
Brasil carioca, o programa "André Malraux: o Romancista, o Esteta e o Cineasta" promete dissecar questões como a paixão do romancista pela arte, por exemplo.
O endereço http://sites
.uol.com.br/site.malraux/ traz
informações sobre horários e temas das palestras, que vão de hoje
a sexta.
"É preciso que o jovem desperte
para a obra de Malraux, leia coisas
como "A Condição Humana", que
influenciou e encantou tantos estudantes da minha geração", diz o
organizador do evento, o professor de literatura francesa Edson
Rosa da Silva, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Os festejos dos cem anos do
nascimento de Malraux -ele
nasceu em 3 de novembro de 1901
e morreu em 23 de novembro de
1976- pipocam ao redor do
mundo. Há notícias de exposições em cidades distantes de seu
universo francês, como Túnis
(Tunísia), Budapeste (Hungria),
São Petersburgo (Rússia), Tóquio
(Japão) e Marrakech (Marrocos),
além de mostras e comemorações
em Paris e Boston, por exemplo.
Segundo o francês Pierre Coureux, fundador e presidente da
Associação Amitiés Internationales André Malraux (www.andre
malraux.com), sediada em Paris,
o escritor ganhou tamanha importância porque, "antes de ser
homem de ação ou escritor, ele foi
um homem de reflexão".
"Ele foi jornalista, editor, crítico
de arte, militante político e romancista, sempre misturando todas essas funções", disse à Folha.
Convocado pelo general Charles de Gaulle, Malraux foi o primeiro ministro da cultura francês,
cargo que exerceu ao longo de 11
anos. Malraux criou as hoje famosas Maisons de la Culture.
Ele levou grandes obras francesas para serem exibidas em outros
países. E foi ainda graças à Lei
Malraux, de 1962, que imóveis localizados em bairros históricos de
Paris puderam ser restaurados.
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