São Paulo, sexta, 5 de junho de 1998

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Carta de Callas é roubada

das agências internacionais

Um manuscrito de Maria Callas (1923-1977) foi roubado anteontem de uma sala da prefeitura de Paris, onde acontece uma exposição consagrada à cantora lírica grega.
Trata-se de uma carta de quatro páginas que a célebre soprano escreveu para o cineasta italiano Pier Paolo Pasolini (1922-1975), assinada por Callas e que data do ano de 1971.

Homenagem à cantora
A carta estava protegida por placas de vidro e pendurada na parede de uma das salas em que a exposição, intitulada "Maria Callas, uma Mulher, uma Voz, um Mito", está acontecendo.
A mostra da prefeitura da capital francesa teve início no dia 28 de março e deve ficar aberta até o próximo dia 28.
A exposição conta com fotografias, roupas, acessórios de cena, cartas, documentos e outros objetos que fizeram parte da trajetória artística e pessoal da soprano.
Entre as obras expostas destaca-se o vestido vermelho com que Callas apareceu pela última vez em público no Japão, no dia 2 de novembro de 1975.

Italianos
A carta roubada era uma das muitas que compõem a correspondência da cantora grega com dois artistas italianos: os cineastas Pasolini (que a dirigiu no filme "Medéia", de 1971) e Luchino Visconti, que a dirigiu na montagem da ópera "La Traviata" no Scala de Milão, em 1948.
Em 1962, a diva deixou a Itália, onde vivia, e se mudou para Paris, onde passou os últimos 15 anos de sua vida.



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