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ARTES PLÁSTICAS
Exceções são salas especiais, que têm os brasileiros Artur Barrio e Paulo Bruscky
Bienal fecha lista sem figurões
DA REPORTAGEM LOCAL
Está definido. A 26ª Bienal de
São Paulo, programada para ser
aberta no dia 25 de setembro, terá
130 artistas, sendo 69 nas representações nacionais, 52 convidados para a mostra temática, oito
nas salas especiais e uma mostra
especial dedicada a Cândido Portinari (1903-1962), por ocasião do
centenário de seu nascimento.
Do total programado, 20 são
brasileiros (veja nomes ao lado),
segundo lista obtida com exclusividade pela Folha na última sexta,
além de Portinari.
Entre os brasileiros, o formato
mais recorrente para apresentação dos trabalhos é a instalação, já
que 14 dos artistas preparam
obras com tal formato, entre eles
Ivens Machado, o selecionado pelo curador Nelson Aguilar para a
representação nacional. Machado
é o único artista nacional não escolhido pelo alemão Alfons Hug,
o curador-geral da mostra, também responsável pela edição anterior do evento.
O grupo carioca Chelpa Ferro,
entre os escolhidos por Hug, é o
único que esteve presente na edição anterior. Três brasileiros
-Artur Barrio, Beatriz Milhazes
e Paulo Bruscky- participam
das salas especiais da Bienal, compostas por oito artistas.
Os estrangeiros são: o pintor
belga Luc Tuymans, o fotógrafo
alemão Thomas Struth, o chileno
Eugenio Dittborn e os chineses
Huang Yong Ping e Cai Guo
Qiang, escolhido para abrir o
evento com sua performance envolvendo fogos de artifício, no
vão central do prédio projetado
por Oscar Niemeyer.
Com exceção das salas especiais, esta é uma bienal sem grandes nomes. Mesmo o norte-americano Matthew Barney, que chegou a ser cotado pelo curador,
não está na lista obtida pela Folha.
De modo geral, há poucos artistas
com destaque internacional na
mostra, mesmo entre as representações nacionais. Entre os mais
conhecidos, na seleção de artistas
convidados para a mostra "Território Livre", tema da Bienal, estão
o espanhol Santiago Sierra e o cubano Carlos Garaicoa, presente
na última Documenta de Kassel.
Já nas representações nacionais,
os destaques são o britânico Mike
Nelson, indicado ao Prêmio Turner, em 2001, e os portugueses Rui
Chaves e Vera Mantero. Ainda
neste módulo, oito países participam com curadoria de Simon
Njami, num segmento denominado "Fotografia Africana", com
trabalhos do Senegal, Marrocos e
África do Sul, entre outros.
O curador Hug pretende organizar a mostra sem, para tanto, se
utilizar em demasia de espaços fechados, fazendo com que as obras
realizem um diálogo com o parque Ibirapuera. A Bienal de São
Paulo, orçada em R$ 18 milhões,
ficará em cartaz até 19 de dezembro e terá entrada gratuita, graças
a um convênio firmado com o
Ministério da Cultura, denominado Movimento Arte Democracia,
anunciado pelo ministro Gilberto
Gil, em maio passado.
(FABIO CYPRIANO)
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