|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Livro mostra Angelina frágil e abandonada
Biografia não autorizada lançada nos EUA retrata estrela de cinema como vítima de uma mãe controladora
Atriz de Hollywood é descrita como "uma destruidora de lares bissexual que abalou o coração de Mick Jagger"
CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
Angelina Jolie, 35, "tem
problemas de abandono e
nem sabe por quê". Pois o autor britânico Andrew Morton,
que acaba de lançar nos EUA
uma biografia não autorizada dela, pretende explicar.
É tudo culpa da mãe, Marcheline Bertrand, a quem
"Angie" sempre se referiu como uma mulher generosa,
que largou a carreira para
criar os dois filhos e que foi
vítima da traição de seu pai, o
ator Jon Voight.
Marcheline acabou morrendo em janeiro de 2007,
aos 56 anos, para o sofrimento público da atriz.
Em "Angelina - Uma Biografia Não Autorizada", Morton -que já escreveu sobre
as vidas de Madonna, Tom
Cruise, Monica Lewinsky e a
princesa Diana- procura
provar que, na verdade, Marcheline era uma mulher controladora, que abandonou a
filha quando bebê e, mais
tarde, a criou sem limites.
Com base no depoimento
de uma babá, o autor conta
que, depois que o pai de Angelina saiu de casa para morar com uma amante, Marcheline levou o berço branco
da filha para um apartamento vazio, que Voight mantinha no mesmo prédio.
"Essa era a "torre de marfim" em que Angelina viveu
por mais de um ano, com um
grupo aleatório de babás cuidando dela 24 horas por dia",
escreve o biógrafo.
Sozinha, num quarto sem
mais mobílias nem brinquedos, Angelina passou meses
separada do irmão, James
Haven, e sendo ignorada pela mãe. A babá que conta a
história, Krisann Morel, "lutou para guardar o segredo"
durante 33 anos, mas "agora
era a hora da confissão".
"Vi o que aconteceu com
Angelina Jolie, e isso me persegue até hoje. [...] Marche
descontou a sua dor naquela
criança. Separou-se dela porque se parecia com Jon", diz.
"Ela hoje diz que não pode
ser abraçada. Posso entender
por quê. Você poderia segurá-la, mas conseguia sentir a
dor. Eu não era a mãe dela
pegando-a no colo."
Com base em depoimentos
de pessoas distantes da atriz
e entrevistas com psicólogos
que nunca a trataram, Morton traça o perfil de uma Angelina perturbada, criada para realizar os sonhos da mãe.
A falta de limites e o abandono justificariam sua trajetória, sobre a qual o autor
não traz grandes revelações.
Angelina nunca escondeu
que foi uma adolescente com
tendências suicidas, adepta
da automutilação e do sadomasoquismo, que experimentou drogas pesadas e enfrentou anorexia nervosa.
O que Morton faz é amontoar casos e casamentos da
atriz, retratada como uma
destruidora de lares bissexual que partiu até o coração
de Mick Jagger, no que mais
parece uma colagem de notícias de tabloide.
E, no que depender das insinuações ao final da obra,
nem a família que construiu
com Brad Pitt sobreviverá
aos traumas de Angelina.
Texto Anterior: Opinião: "A Origem" é como sonho recorrente: você já viu antes Próximo Texto: Trechos Índice
|