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Atriz Mika Lins faz estreia na
direção com psicanálise pura
Inglês Tom Kempinski aborda relação de violinista e terapeuta
GUSTAVO FIORATTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Há uma sugestão explícita
no título "Dueto para Um",
texto dos anos 1980 do inglês
Tom Kempinski que estreia
hoje com direção de Mika
Lins no Sesc Consolação.
Não é preciso ver nem dez
minutos da montagem para
entender que, com dois personagens em cena, a peça joga foco em apenas um deles:
uma violinista (Bel Kowarick) que tem esclerose múltipla -doença que a faz perder
o controle sobre seus movimentos e que também resulta
em uma grave depressão.
O outro personagem (Marcos Suchara) é um psicanalista com a função de conduzir a instrumentista a descobertas sobre um passado assentado nesse terreno instável. Pouco se sabe sobre ele.
Mas há pistas, sim, sobre
sua figura inerte, o que resgata esse personagem secundário de uma coadjuvação completa. Alguns de seus pacientes cometeram suicídio e para ele isso é também doloroso. Especialmente agora que
ele assiste a um caso que caminha para o mesmo fim.
O texto é psicanálise pura,
realista em suas origens, farto de possibilidades para os
intérpretes, que não usam
grandes aparatos cênicos.
Durante os ensaios, Mika
Lins lançou vídeo na internet
aderindo ao movimento "Liga Lula", pedindo para que o
presidente se posicionasse
contra a pena de morte por
apedrejamento da iraniana
Sakineh Ashtiani. No sábado, ele ofereceu asilo a ela.
DUETO PARA UM
QUANDO qui. e sex., às 21h;
até 1º/10
ONDE Sesc Consolação (r. Dr.
Vila Nova, 245, Vila Buarque,
tel. 0/xx/11/3234-3000)
QUANTO R$ 10
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
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