São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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"Contágio" trata epidemia de modo realista

Exibido em Veneza, novo filme de Soderbergh tem dificuldade de engajar espectadores

MARIANE MORISAWA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VENEZA

Steven Soderbergh deve ser um dos diretores mais prolíficos do mundo. Agora, por exemplo, ele tem dois filmes prontos: "Contágio", exibido fora de competição no 68º Festival de Veneza, e "Haywire", com estreia prevista nos Estados Unidos para janeiro do próximo ano.
"Contágio" fala de um assunto ao qual o mundo contemporâneo está bastante acostumado: epidemias.
Verdade que nem a Sars (sigla inglesa de Síndrome Respiratória Aguda Grave) nem a H1N1 (gripe suína) causaram a catástrofe prevista, mas meteram medo.
No caso do filme, os efeitos são realmente trágicos. O pânico se instala, com todos colocando a sua sobrevivência acima de tudo. Enquanto isso, médicos e agências do governo correm contra o tempo para deter o avanço da doença e para encontrar uma cura.
Há um tanto de "CSI" na história, pois se trata de uma grande investigação, contada passo a passo, inclusive com uma cena em que o cérebro da personagem de Gwyneth Paltrow é aberto.
"Queríamos que fosse bem realista e que a parte científica estivesse correta", disse Soderbergh. Realista, de fato. E também muito menos sentimental que outros filmes-catástrofe.
O diretor reuniu um elenco dos sonhos, com Matt Damon, Gwyneth Paltrow, Marion Cotillard, Kate Winslet, Jude Law. São peças de um quebra-cabeça panorâmico, com cenas dirigidas e editadas com competência, mas com dificuldade de engajar a plateia por sua frieza.


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