São Paulo, segunda-feira, 05 de setembro de 2011

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McQueen aborda sexo com fineza e força

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM VENEZA

Encerrada a primeira semana do 68º Festival de Veneza, os dois filmes que parecem mais próximos do Leão de Ouro são protagonizados pelo mesmo ator.
Michael Fassbender interpreta Carl Jung em "A Dangerous Method", de David Cronenberg, e Brandon em "Shame", segundo longa do artista britânico Steve McQueen.
Em ambos, seu personagem tem problemas com o sexo. No caso de Brandon, sua vida sexual sai ainda mais do controle com a chegada da irmã, Sissy (Carey Mulligan).
McQueen filma um protagonista encarcerado pela tela, ou encurralado em seus cantos. Na entrevista, o cineasta fez paralelos com seu trabalho anterior, "Hunger", vencedor da Caméra D'Or no Festival de Cannes em 2008, sobre as últimas semanas do ativista irlandês Bobby Sands, que fez greve de fome na prisão nos anos 1980. "Aquele personagem estava encarcerado e, com seu ato, alcançou a liberdade. Brandon tem toda a liberdade do mundo e decide se aprisionar."
Steve McQueen cria algumas das cenas mais memoráveis exibidas neste festival -como a de Mulligan cantando "New York, New York" com melancolia no lugar de alegria- e aborda o sexo com a difícil combinação de elegância e força. (MM)


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