São Paulo, segunda, 5 de outubro de 1998

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Música para ver

Cinco home videos de bandas pop - de Marilyn Manson a B-52´s - chegam ao mercado com shows, entrevistas e clipes
MARCELO NEGROMONTE
da Redação

Se já é penoso tolerar a vaporosa Gwen Stefani correndo, chutando o ar, se jogando no chão, fazer caras e bocas ao vivo, assisti-la em casa no sofá é um estorvo.
"Live in the Tragic Kingdom", vídeo de uma das bandas mais chatas do mundo, No Doubt, é teste de resistência para o espectador, quase um pagamento de promessa.
O show, gravado em maio de 97 na Califórnia, é basicamente o mesmo que a banda apresentou no Brasil quando do Close Up Planet do ano passado -figurino e caretas da moça inclusos.
Um ska aeróbico, aliado a uma rebeldia de butique, faz com que a bonitinha Stefani seja também ordinária -por que, então, abrir a boca, se o que sai dela são gritinhos histéricos, uma vozinha completamente desmodulada e sem nada a dizer?
Músicas intermináveis, como "Just a Girl", tomadas convencionais e ausência de efeitos decentes fazem da fita um eficaz soporífero.
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Sublime O dálmata, mascote do Sublime, aparece em todos os sete clipes do vídeo homônimo, dessa banda que despontou -e se dissolveu- com o álbum "Sublime" (96), logo após a morte do vocalista Brad Nowell.
De curta duração -ponto positivo-, com 25 minutos, a fita traz clipes como "Santeria", "What I Got", este em duas versões, e "Doin' Time", o mais bem produzido, cuja música sobressai da pasmaceira ska radiofônica.
Um tanto mórbido, já que os clipes são entrecortados com declarações de Nowell em preto-e-branco, o vídeo funciona como um tributo póstumo a ele. Para fãs órfãos, se é que os há. (MN)
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Vídeo: Live in the Tragic Kingdom Banda: No Doubt
Produção: EUA, 1997, 92 min.
Lançamento: Universal
Vídeo: Sublime
Banda: Sublime
Produção: EUA, 1997, 25 min.
Lançamento: Universal
Quanto: R$ 25, em média, cada



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