São Paulo, Sexta-feira, 05 de Novembro de 1999
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CINEMA
"Nós Que Aqui Estamos..." e "Fé" estão entre os 25 escolhidos para a mostra competitiva do festival
Amsterdã destaca cinema brasileiro

AMIR LABAKI
da Equipe de Articulistas

Quatro documentários brasileiros foram selecionados para o 11º Festival Internacional de Amsterdã, o mais importante do gênero, que acontece entre 24 de novembro e 2 de dezembro próximos.
O feito impressiona, ainda mais pela inclusão de "Fé", de Ricardo Dias, e "Nós Que Aqui Estamos por Vós Esperamos", de Marcelo Masagão, entre os 25 escolhidos para a mostra competitiva.
"A Pessoa É Para o Que Nasce", de Roberto Berliner, e "Confidência do Rio das Mortes", de Paschoal Samora, farão parte da mostra informativa "Reflecting Images". Amsterdã também premiou Berliner pelo projeto de ampliação para longa-metragem de seu estudo curto sobre a cegueira de três irmãs da Paraíba.
Outra cineasta brasileira, Maria Augusta Ramos, radicada na Holanda, teve selecionada sua série "Crianças Apaixonadas" para o ciclo "Docs & Kids". Tudo somado, será a mais forte presença brasileira nos mais de dez anos de história do festival.
Dias e Masagão enfrentarão concorrência forte. Renomados autores internacionais participam da competição, como o alemão Werner Herzog (celebrado ainda pela retrospectiva do ano), o britânico Michael Apted, o chinês Zhang Yuan, o dinamarquês Jon Bang Carlsen e o suíço Richard Dindo.
Dois outros diretores latino-americanos concorrem ao prêmio principal. A peruana radicada na Holanda, Heddy Honigmann, lança "Crazy", enquanto o mexicano Juan Carlos Rulfo disputa com "Del Olvídio ao No me Acuerdo".
Três outras produções da América Latina fazem parte do programa do festival. Dentro do ciclo "Reflecting Images", serão projetados o cubano "Si me Comprendieras", de Roland Diaz, e o argentino "El Siglo del Viento", de Fernando Birri. "Ciclón" (1963), do cubano Santiago Alvarez, estará numa retrospectiva de 20 documentários clássicos deste século. Curiosamente, a mesma mostra selecionou "On the Bowery", de Lionel Rogosin, marco do documentário social americano e uma das maiores influências reconhecidas por Alvarez.
O programa de Amsterdã-99 destaca ainda uma competição de vídeo, uma mostra informativa de estreantes, um ciclo com destaques da nova safra holandesa, um tributo ao diretor belga Henri Storck e uma mostra sobre ícones do século 20 - Marilyn Monroe, Che Guevara e John F. Kennedy incluídos.


Hoje, excepcionalmente, a coluna Netvox não é publicada.


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