São Paulo, terça-feira, 05 de novembro de 2002

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FILMES E TV PAGA

FILMES

Um Detetive Vidente
SBT, 14h15.  
(Second Sight). EUA, 89, 83 min. Direção: Joel Zwick. Com John Larroquette, Bronson Rinchot. Detetive serve-se dos poderes paranormais de um vidente, na tentativa de resolver um caso complicado.

Slappy e a Turma
Globo, 15h45.  
(Slappy and the Stinkers). EUA, 97, 78 min. Direção: Barnet Kellman. Com Joseph Ashton, B.D. Wong. Comédia sobre garotos que, ao visitar um aquário, têm a idéia de libertar Slappy, um leão marinho, do cativeiro.

Pequenos Heróis Perdidos na China
Bandeirantes, 22h.   
(Little Heroes Lost in China). Hong Kong, 95, 91 min. Direção: Allan Lan. Com Moon Lee, John W. Zadan. Garotos perdidos numa floresta chinesa descobrem que ladrões guardam um tesouro lá. Ao estilo Disney, os garotos tentarão combatê-los. Vale a pena, pois é de lá que John Woo saiu para o mundo.

O Furacão
SBT, 22h15.    
(The Hurricane). EUA, 1999, 145 min. Direção: Norman Jewison. Com Denzel Washington, John Hannah. História do boxeador negro Rubin Carter (portanto, condenado por um crime que não praticou) e de sua tentativa de provar sua inocência. Quem faz a diferença é mesmo Denzel. Inédito.

Intercine
Globo, 1h25.
O policial "Vítimas de uma Paixão" (89, de Harold Becker, com Ellen Barkin, Al Pacino) e a comédia "Um Romance Muito Perigoso" (85, de John Landis, com Jeff Goldblum, Michelle Pfeiffer) concorrem à exibição na terça.

Netos de Peixe
SBT, 1h45.   
(Case Busters). EUA, 86. Direção: Wes Craven. Com Pat Hingle, Virginia Keehne. Dois garotos bancam os detetives a fim de ajudar o avô, um ex-policial. Mas, inadvertidamente, acabam se envolvendo num caso realmente importante. Wes Craven no registro do filme familiar -no caso, feito para TV.

Muito Além de Rangun
Globo, 3h25.    
(Beyond Rangoon). EUA, 95, 100 min. Direção: John Boorman. Com Patricia Arquette, Frances McDormand. Não lhe bastasse a morte do marido e do filho, médica (Arquette) que viaja em férias tem seu passaporte roubado na Birmânia. O tempo de refazer os documentos será o tempo de algumas descobertas relevantes. (IA)

TV PAGA

Estética vs. economia

INÁCIO ARAUJO
CRÍTICO DA FOLHA

De certo modo, todos nos espantamos pela dificuldade que existe no Brasil em discutir estética cinematográfica. É raro, bem raro, uma reunião pública que se dedique ao assunto.
Rever "O Bandido da Luz Vermelha" (Canal Brasil, 0h) e ler "Por um Cinema sem Fronteira", ambos de Rogério Sganzerla, ajuda a compreender porque isso acontece.
Filme e livro deixam claro que houve nos anos 60 uma corrente que buscou produzir um cinema em que o Brasil não fosse um particularismo. A corrente que venceu ia em outra direção, talvez a do nacional-popular, e não supunha um enfrentamento direto e estético com o cinema mundial ("sem limite"). Daí as discussões cinematográficas no Brasil abordarem tão frequentemente as questões de economia.


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