São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000

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Tommy Hools surge como "filho do Air"



DE PARIS

Eles queriam montar uma grife de roupas, mas acabaram virando uma das bandas francesas mais bacanas dos últimos tempos.
O Tommy Hools, trio formado pelos parisienses Vincent Tarrière, Laurent Bidoli e Nicolas Druel, acaba de lançar seu primeiro álbum, "Popular Frequencies".
Eles misturaram no seu pop eletrônico referências próximas, como os conterrâneos do Air, e sons que fizeram parte da formação de cada um: de New Order a Al Green e Paul Weller.
"Acho que as pessoas vão acabar nos associando ao Air, até porque somos franceses também", diz o vocalista Nicolas Druel, 32. "E claro que adoramos o som deles, como qualquer banda francesa da nossa geração."
A exemplo do Air, o Tommy Hools alterna letras em inglês e francês, faz música eletrônica lenta com traços de rock, tem vocal sussurrado e adora usar vocoder (efeito que altera o timbre de voz, uma das marcas do Air).
"Como a história da loja ia exigir um dinheiro absurdo, aproveitamos o mesmo nome e montamos uma banda", diz o tecladista Vincent Tarrière, 32, que morou em Nova York durante um ano para buscar "inspiração hip hop" para a futura marca de sportswear. De volta a Paris, ele fez a proposta aos dois amigos: trocar o comércio pela indústria fonográfica. Isso há quatro anos.
De lá para cá, o Tommy Hools lançou cinco singles em vinil.
"Nossa idéia inicial era fazer hip hop, mas não combinava com o nosso jeito de tocar", diz o baterista Laurent Bidoli, 32.
Druel fica feliz que outras bandas estejam surgindo na França. "Tivemos um período produtivo no início dos anos 90, quando o "french touch" fez o mundo prestar atenção na música francesa", diz. "Acho que agora estamos vivendo um "french touch" 2."


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