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Tommy Hools surge como "filho do Air"
DE PARIS
Eles queriam montar uma grife
de roupas, mas acabaram virando
uma das bandas francesas mais
bacanas dos últimos tempos.
O Tommy Hools, trio formado
pelos parisienses Vincent Tarrière, Laurent Bidoli e Nicolas Druel,
acaba de lançar seu primeiro álbum, "Popular Frequencies".
Eles misturaram no seu pop eletrônico referências próximas, como os conterrâneos do Air, e sons
que fizeram parte da formação de
cada um: de New Order a Al
Green e Paul Weller.
"Acho que as pessoas vão acabar nos associando ao Air, até
porque somos franceses também", diz o vocalista Nicolas
Druel, 32. "E claro que adoramos
o som deles, como qualquer banda francesa da nossa geração."
A exemplo do Air, o Tommy
Hools alterna letras em inglês e
francês, faz música eletrônica lenta com traços de rock, tem vocal
sussurrado e adora usar vocoder
(efeito que altera o timbre de voz,
uma das marcas do Air).
"Como a história da loja ia exigir um dinheiro absurdo, aproveitamos o mesmo nome e montamos uma banda", diz o tecladista
Vincent Tarrière, 32, que morou
em Nova York durante um ano
para buscar "inspiração hip hop"
para a futura marca de sportswear. De volta a Paris, ele fez a
proposta aos dois amigos: trocar
o comércio pela indústria fonográfica. Isso há quatro anos.
De lá para cá, o Tommy Hools
lançou cinco singles em vinil.
"Nossa idéia inicial era fazer hip
hop, mas não combinava com o
nosso jeito de tocar", diz o baterista Laurent Bidoli, 32.
Druel fica feliz que outras bandas estejam surgindo na França.
"Tivemos um período produtivo
no início dos anos 90, quando o
"french touch" fez o mundo prestar atenção na música francesa",
diz. "Acho que agora estamos vivendo um "french touch" 2."
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