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CRÍTICA
Excesso de personagens ajuda filme agradável
DA REPORTAGEM LOCAL
Londres, véspera de Natal.
Nove casais, futuros casais,
possíveis casais e ex-casais tentam
provar que a vida só vale a pena se
houver o título deste filme, "Simplesmente Amor" (retirado da
frase dita no início pelo personagem de Hugh Grant, de que o
amor está em todo lugar).
Há o primeiro-ministro britânico (o próprio Grant), que se apaixona perigosamente por uma serviçal que o faz enfrentar o presidente dos EUA (um hilariante
Billy Bob Thornton) de igual para
igual. Há o garotinho de 12 anos,
enteado de Liam Neeson, que acaba de perder a mãe, mas só pensa
numa amiga da escola.
O casal de meia-idade (Alan
Rickman e Emma Thompson),
em crise pelos flertes dele com
uma voluptuosa colega de trabalho. O cantor de rock decadente
(Bill Nighy), que grava uma versão caça-níquel de um hit romântico e só começa a fazer sucesso
quando chuta o balde e fala tudo o
que pensa -de longe, o personagem mais engraçado. Seu amor,
no caso, é fraternal, pelo empresário de longa data.
E outros tantos (o espaço é curto, o amor nem tanto). O excesso
de personagens, como em "Short
Cuts", de Robert Altman, não
atrapalha, antes ajuda a condução
do filme, agradável do começo ao
fim. A culpa é do diretor, um dos
homens de cinema mais talentosos no Reino Unido hoje, o roteirista Richard Curtis (de "Quatro
Casamentos e um Funeral", "Um
Lugar Chamado Notting Hill" e
"O Diário de Bridget Jones"), em
sua estréia na direção.
O brasileiro Rodrigo Santoro
faz uma ponta, como o misterioso
Karl, por quem o personagem da
sempre boa Laura Linney se apaixona. Tem algumas falas e segura
muito bem no inglês. Mas tira a
camisa.
(SÉRGIO DÁVILA)
Simplesmente Amor
Love Actually
Direção: Richard Curtis
Produção: Inglaterra/EUA, 2003
Com: Hugh Grant, Emma Thompson,
Rodrigo Santoro e (muitos) outros
Quando: a partir de hoje nos cines
Morumbi, Frei Caneca e circuito
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