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São Paulo, sexta-feira, 05 de dezembro de 2003

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CRÍTICA

Excesso de personagens ajuda filme agradável

DA REPORTAGEM LOCAL

Londres, véspera de Natal. Nove casais, futuros casais, possíveis casais e ex-casais tentam provar que a vida só vale a pena se houver o título deste filme, "Simplesmente Amor" (retirado da frase dita no início pelo personagem de Hugh Grant, de que o amor está em todo lugar).
Há o primeiro-ministro britânico (o próprio Grant), que se apaixona perigosamente por uma serviçal que o faz enfrentar o presidente dos EUA (um hilariante Billy Bob Thornton) de igual para igual. Há o garotinho de 12 anos, enteado de Liam Neeson, que acaba de perder a mãe, mas só pensa numa amiga da escola.
O casal de meia-idade (Alan Rickman e Emma Thompson), em crise pelos flertes dele com uma voluptuosa colega de trabalho. O cantor de rock decadente (Bill Nighy), que grava uma versão caça-níquel de um hit romântico e só começa a fazer sucesso quando chuta o balde e fala tudo o que pensa -de longe, o personagem mais engraçado. Seu amor, no caso, é fraternal, pelo empresário de longa data.
E outros tantos (o espaço é curto, o amor nem tanto). O excesso de personagens, como em "Short Cuts", de Robert Altman, não atrapalha, antes ajuda a condução do filme, agradável do começo ao fim. A culpa é do diretor, um dos homens de cinema mais talentosos no Reino Unido hoje, o roteirista Richard Curtis (de "Quatro Casamentos e um Funeral", "Um Lugar Chamado Notting Hill" e "O Diário de Bridget Jones"), em sua estréia na direção.
O brasileiro Rodrigo Santoro faz uma ponta, como o misterioso Karl, por quem o personagem da sempre boa Laura Linney se apaixona. Tem algumas falas e segura muito bem no inglês. Mas tira a camisa. (SÉRGIO DÁVILA)


Simplesmente Amor
Love Actually
   
Direção: Richard Curtis Produção: Inglaterra/EUA, 2003 Com: Hugh Grant, Emma Thompson, Rodrigo Santoro e (muitos) outros Quando: a partir de hoje nos cines Morumbi, Frei Caneca e circuito



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