DA REDAÇÃO

Segundo o Ibope, o cantor e apresentador Netinho de Paula, 33, cometeu um equívoco ao afirmar, em entrevista à Folha publicada no último domingo, que um diretor do Ibope lhe dissera que "não existe medição de audiência na periferia porque eles [o Ibope] têm medo de colocar os aparelhos lá". "As classes C e D não são pesquisadas", disse o cantor.
Flávio Ferrari, 44, diretor-executivo do Ibope Mídia, divisão da empresa que faz as medições do alcance de jornais, TVs e rádios, afirma ser o diretor a que Netinho se referiu e diz que teria sido mal interpretado pelo cantor.
"O Ibope não coloca na mostra domicílios situados em regiões que o IBGE indica como favelas. Ao sortear os domicílios a serem pesquisados, optamos pelas residências mais próximas daquela região que tenham características semelhantes", afirma Ferrari. Segundo o diretor, esse procedimento garante, nas pesquisas, a representação tanto das localidades quanto das classes C e D.
As favelas seriam preteridas pelo Ibope pelos riscos. "O problema é não ter como garantir a segurança do pesquisador", afirma.


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