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MÚSICA ERUDITA
Russos, chineses, ingleses e americanos farão parte da orquestra; novo concurso será feito em março
Osesp terá 22 músicos estrangeiros em 98
IRINEU FRANCO PERPETUO
especial para a Folha
A Orquestra Sinfônica do Estado
de São Paulo (Osesp) terá 22 músicos estrangeiros a partir do ano
que vem. Russos, chineses, ingleses e, principalmente, americanos
foram aprovados nos testes feitos
na Fundação Liederkranz, em NY,
entre 6 e 9 de novembro.
"Havia mais de 600 inscritos,
mas alguns desistiram por causa
do pacote econômico do governo", explica o oboísta Arcádio
Minczuk, que fez parte da banca
examinadora. "Houve quem imaginasse que a moeda brasileira havia sido desvalorizada em 50%."
Foram contratados 12 violinos,
quatro violas, dois violoncelos,
um contrabaixo, dois oboés e um
trombone baixo, que devem se integrar à Osesp a partir de 98.
Foram avaliados os 16 músicos
do Leste Europeu (Bulgária e Romênia) que estão provisoriamente
na Osesp. Só um foi aprovado para
ficar de maneira definitiva.
Para preencher as vagas restantes, a orquestra promoverá um
novo concurso em São Paulo, em
março do ano que vem.
Neschling
O maestro John Neschling, consultor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
(Osesp), vai fazer a primeira gravação mundial da ópera "Adelia", de Donizetti, pela BMG.
Com elenco internacional, encabeçado pelo soprano Mariella Devia, principal nome do belcanto
italiano na atualidade, a ópera será
gravada ao vivo, nas récitas que
Neschling rege em janeiro, no Teatro Carlo Felice, em Gênova.
"A Ópera de Gênova não tem regente titular", explica Neschling.
"Como principal regente convidado, estou à frente das comemorações do Ano Donizetti."
O maestro já fechou a temporada
da Osesp para 98. Ao todo, estão
previstos 80 concertos no Estado
de São Paulo -incluindo participação no Festival de Inverno de
Campos do Jordão.
Também estão previstas, mas
ainda não confirmadas, turnês na
Europa (incluindo Turim, Besançon, Milão e Viena) e no México,
nos meses de setembro e outubro.
As viagens ao exterior e a compra de novos instrumentos para a
Osesp ainda dependem de questões burocráticas, como liberação
de verbas.
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