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Entenda
a história
do enviado especial
Resultado da confluência
de duas outras bandas setentistas, Veludo Elétrico
(da qual vieram Lulu Santos
e Fernando Gama) e Módulo Mil (Luiz Paulo Simas e
Candinho), o Vímana veio
ao mundo em 1974.
O festival Hollywood
Rock, produzido por Nelson Motta em 75, flagrou o
grupo dividindo o palco
com Rita Lee, Erasmo Carlos e Celly Campello. "Há
uma gravação em vídeo daquele show. Se puder, sumo
com todas as cópias que
existirem -eu estou vestido de lamê!", diz Lulu.
Naquele mesmo ano, a
banda ganhou sua conformação definitiva: com a saída de Candinho, o adolescente João Luiz, o Lobão,
assumiu a bateria; Lulu ficou nas guitarras, Simas,
no teclado, Gama, no baixo, e o imigrante Ritchie virou vocalista principal.
Um dos primeiros trabalhos dessa formação foi
atuar como banda de apoio
de Marília Pêra (então mulher de Nelson Motta) no
show "Feiticeira".
Produziram material para
um LP -nunca lançado-
e um compacto -que a
gravadora Som Livre guardou na geladeira por oito
meses antes de editar, já em
77.
Aí o ex-tecladista do Yes
Patrick Moraz, estabelecido
no Brasil, já havia instalado
a discórdia. Discordando
da mirada progressiva que
Moraz pretendia dar ao
grupo, Lulu foi ejetado da
trupe. Os integrantes foram
saindo um a um, até o final
definitivo, no mesmo 77.
Só nos 80, com os ventos
da "new wave" nacional,
ex-Vímanas puderam
emergir nacionalmente.
Lobão gravou com a Blitz
o que seria o primeiro estouro nacional do rock dos
80, "As Aventuras da
Blitz" (82), mas saiu antes
de o disco ir às lojas. Lançou
"Cena de Cinema" (82),
mas só foi engatar carreira
solo em 84, com o hit "Corações Psicodélicos".
Lulu caiu nas paradas de
sucesso em 82, com "De
Repente Califórnia" e
"Tempos Modernos". Ritchie se transformou em
ídolo nacional em 83, com o
sucesso estrondoso de
"Menina Veneno".
(PAS)
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