São Paulo, terça, 6 de janeiro de 1998.




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Entenda a história

do enviado especial

Resultado da confluência de duas outras bandas setentistas, Veludo Elétrico (da qual vieram Lulu Santos e Fernando Gama) e Módulo Mil (Luiz Paulo Simas e Candinho), o Vímana veio ao mundo em 1974.
O festival Hollywood Rock, produzido por Nelson Motta em 75, flagrou o grupo dividindo o palco com Rita Lee, Erasmo Carlos e Celly Campello. "Há uma gravação em vídeo daquele show. Se puder, sumo com todas as cópias que existirem -eu estou vestido de lamê!", diz Lulu.
Naquele mesmo ano, a banda ganhou sua conformação definitiva: com a saída de Candinho, o adolescente João Luiz, o Lobão, assumiu a bateria; Lulu ficou nas guitarras, Simas, no teclado, Gama, no baixo, e o imigrante Ritchie virou vocalista principal.
Um dos primeiros trabalhos dessa formação foi atuar como banda de apoio de Marília Pêra (então mulher de Nelson Motta) no show "Feiticeira".
Produziram material para um LP -nunca lançado- e um compacto -que a gravadora Som Livre guardou na geladeira por oito meses antes de editar, já em 77.
Aí o ex-tecladista do Yes Patrick Moraz, estabelecido no Brasil, já havia instalado a discórdia. Discordando da mirada progressiva que Moraz pretendia dar ao grupo, Lulu foi ejetado da trupe. Os integrantes foram saindo um a um, até o final definitivo, no mesmo 77.
Só nos 80, com os ventos da "new wave" nacional, ex-Vímanas puderam emergir nacionalmente.
Lobão gravou com a Blitz o que seria o primeiro estouro nacional do rock dos 80, "As Aventuras da Blitz" (82), mas saiu antes de o disco ir às lojas. Lançou "Cena de Cinema" (82), mas só foi engatar carreira solo em 84, com o hit "Corações Psicodélicos".
Lulu caiu nas paradas de sucesso em 82, com "De Repente Califórnia" e "Tempos Modernos". Ritchie se transformou em ídolo nacional em 83, com o sucesso estrondoso de "Menina Veneno". (PAS)



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