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DISCOS LANÇAMENTOS
Um verdadeiro "pacote" de álbuns do gênero, que vão de George Benson a Herbie Hancock e Wayne Shorter, está chegando agora ao mercado
Jazz
"Festival" e "Color Rit" (relançamentos
nacionais GRP/Universal) - Gravados em
1988 e 1989, respectivamente, os dois álbuns registram incursões do guitarrista
Lee Ritenour -outro popular seguidor da
"fusion" californiana- pela música brasileira.
Em "Festival", ele tem João Bosco, Caetano Veloso e Carlinhos Brown entre seus
convidados. "Color Rit" destaca Oscar
Castro-Neves, Gonzaguinha e Paulinho da
Costa, entre outros. Nada essencial, mas
ao menos ajudou a divulgar mais a MPB
no mercado internacional.
(CC)
"Nouveau Swing", de Donald Harrison
(lançamento nacional Impulse!/Universal)
- Atração do último Free Jazz Festival, o
saxofonista e compositor Donald Harrison estréia no selo Impulse! com um álbum aparentemente conceitual. A idéia de
"Nouveau Swing" é combinar ritmos populares dos anos 90 com o swing do jazz
dos anos 40, 50 e 60. O resultado, porém,
difere radicalmente das famigeradas fusões que assolam o gênero há décadas.
Harrison apenas sugere suaves levadas de
calipso, funk, dancehall, hip-hop, ou mesmo samba, em 11 composições próprias
essencialmente jazzísticas.
(CC)
"1'1", de Herbie Hancock e Wayne Shorter (lançamento nacional Verve/PolyGram)
- Desde que tocaram juntos pela primeira vez na banda de Miles Davis, nos anos
60, o pianista Herbie Hancock, 57, e o saxofonista Wayne Shorter, 64, já se encontraram em outras ocasiões, mas nunca antes num álbum em dupla. Fanáticos por
filmes, em "1'1" os velhos parceiros sugerem o conceito de "música cinematográfica": pretendem criar ação ou mesmo
personagens de um filme fictício a partir
de seus improvisos. Não há dúvida que as
dez faixas do disco oferecem um intrigante
diálogo sonoro.
(CC)
"Fingerpainting: The Music of Herbie
Hancock", com o McBride Payton Whitfield Trio (importado, Verve/PolyGram) -
O "songbook" de Herbie Hancock serviu
de pretexto para a formação de um trio
com talentosos jazzistas da nova geração:
Nicholas Payton (trompete), Christian
McBride (contrabaixo) e Mark Whitfield
(guitarra e violão). Mas, ao final das 14 faixas, que incluem clássicos hancockianos
como "Speak Like a Child", "Dolphin
Dance" e "Chan's Song", fica a impressão
de que a música de Herbie pediria um
pouco mais de peso instrumental.
(CC)
"Nuyorican Soul" (lançamento nacional
Giant Step/Universal) - Projeto comandado pelos DJs "Little" Louie Vega e
Kenny "Dope" Gonzalez (conhecidos no
mundinho clubber como Masters at
Work), que reúne convidados de peso,
como o guitarrista George Benson, o percussionista Tito Puente e o pianista Eddie
Palmieri. O jazz entra como ingrediente
de ligação nessa saborosa e dançante salada musical, que mistura salsa, funk, merengue, hip-hop, house, soul, disco e
rhythm & blues.
(CC)
"Best of Smooth Jazz, vol. 1" (lançamento nacional Warner) - Compilação de
músicos do elenco da Warner, como Bob
James, David Sanborn, Earl Klugh, George Duke, Boney James e a banda Yellowjackets, entre outros. Entenda-se por
"smooth jazz" a conhecida "fusion" eletrificada à moda de Los Angeles, que em
alguns casos não passa de um sinônimo de
muzak -música ambiente para elevadores e clínicas.
(CC)
"En Adir", de Ivo Perelman (lançamento
nacional Atração) - Radicado há 17 anos
nos EUA, o saxofonista e compositor paulista Ivo Perelman vive o auge de seu prestígio na restrita cena do jazz de vanguarda.
Elogiado como uma das principais revelações do gênero nesta década, só em 97 Perelman gravou oito CDs. "En Adir", o
único lançado no Brasil, traz uma coleção
de canções judaicas tradicionais que ele
interpreta sob a estética transgressiva do
"free jazz". Apesar da orientação do repertório, o som de Perelman não tem nada a ver com música étnica.
(CC)
"Jazz Samba", de Stan Getz e Charlie
Bird (reedição Verve/PolyGram, importado) - Relançado pela série "Master Edition", com capa de papel e remasterização
em alta-resolução, este álbum foi gravado
originalmente em 1962. O saxofonista
Stan Getz e o guitarrista Charlie Byrd
-propagadores da bossa nova no mercado internacional- criam versões jazzísticas para clássicos como "O Pato" e "Desafinado" -esta incluída também em
uma versão mais curta, lançada na época
apenas em compacto de 45 rotações.
(CC)
"The Best of George Benson - The Instrumentals" (lançamento nacional Warner) -
Compilação de gravações do guitarrista e
vocalista norte-americano registradas a
partir de 1976.
Mesmo reunindo somente faixas instrumentais, a seleção não disfarça o fato de
que Benson, um músico bem-dotado, optou por um pop comercialóide com leves
pinceladas de jazz.
É só conferir o potencial do guitarrista
na faixa "Tenderly" -uma das "escapadas" que Benson permite a si mesmo, de
vez em quando.
(CARLOS CALADO)
"Back to Back - Duke Ellington and
Johnny Hodges Play the Blues" (reedição
Verve/PolyGram, importado) - Também
reeditada com todos os requintes da série
"Master Edition", essa gravação de 1959
marca o encontro do pianista e maestro
Duke Ellington com Johnny Hodges, saxofonista de sua orquestra, acompanhados por um quarteto que inclui o trompetista Harry Edison. Clássicos do jazz tradicional funcionam como veículos perfeitos
para exibir o piano elegante e econômico
de Ellington e o sensual sax alto de Johnny
Hodges, numa sessão musical recheada de
"swing".
(CC)
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