São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2001

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ARTES PLÁSTICAS

Destaques abrangem movimento surrealista, vanguarda russa e antiguidades egípcias do Louvre

Agosto concentra grandes mostras no Rio

CRISTIAN KLEIN
DA SUCURSAL DO RIO

Espécie de "mês nobre" no calendário de exposições, agosto vai concentrar as quatro grandes mostras internacionais previstas para 2001 no Rio.
Três delas vão ter como tema as vanguardas do século que passou. O Centro Cultural Banco do Brasil será totalmente ocupado com 200 obras (cerca de 80 pinturas) para compor um panorama sobre o movimento surrealista no país.
Haverá peças dos espanhóis Dalí e Picasso, do belga René Magritte, do francês Marcel Duchamp, do alemão Max Ernst, do cubano Wilfredo Lam, do chileno Roberto Matta e da brasileira Maria Martins. Parte das obras virá dos acervos do MoMA, de Nova York, do Beaubourg e do Museu D'Orsay, de Paris.
O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) entra na briga pelo público com a mostra "Vanguarda Russa: De 1905 a 1925". Serão 85 obras, de pintores como Malevitch, Kandinsky e Rodchenko.
O Museu de Arte Moderna do Rio (MAM-RJ) também se articula para montar sua grande exposição internacional, com peças da coleção modernista do museu Reina Sofia, da Espanha. No cardápio, estão Picasso, Miró e Dalí. Faltam apenas alguns detalhes, mas o mês de agosto já foi escolhido. A produção está por conta do Instituto Arte Viva, de Frances Marinho.
No fim de agosto, a Casa França-Brasil vai receber uma mostra de antiguidades egípcias do Museu do Louvre, de Paris, com papiros, esculturas e sarcófagos.
Outros destaques no circuito de exposições vindas do exterior são a retrospectiva Lucio Fontana, com a curadoria de Paulo Herkenhoff, e uma mostra da badalada escultora francesa Brigitte Nahon. Ambas serão inauguradas em novembro, no CCBB, onde também haverá, em maio, a exibição de fotografias e videoinstalações da iraniana Shirin Neshat, premiada com o Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 1999.
No rol de exposições de artistas nacionais, o MAM vai apresentar as individuais de Vik Muniz, Artur Barrio, Carlos Vergara e Daniel Senise. O mesmo museu abre em maio a retrospectiva de Antônio Dias, maior do que a exibida em Salvador.
O Paço Imperial voltará a exibir nomes consagrados das artes plásticas brasileiras no projeto Atelier Finep. Ao longo do ano, haverá mostras de Antonio Manuel, Nelson Félix, José Resende e Regina Silveira. Quem também aparece na casa é Frans Krajcberg, com oito grandes esculturas, e os pintores Luiz Áquila e Paulo Paes.
Haverá ainda uma exposição com a coleção de Marcantonio Vilaça, galerista morto no ano passado, e a mostra "The Sixties Experiments", de artistas brasileiros e estrangeiros dos anos 60.
O Centro Cultural Light vai abrigar uma releitura da mostra "Como Vai Você, Geração 80?", com alguns artistas que participaram da exposição histórica de 1984, realizada no parque Lage.
Com a troca de prefeito, o Centro de Arte Hélio Oiticica ainda está sem comando. Mas a programação deixada pelo ex-diretor Paulo Sérgio Duarte previa uma mostra do fotógrafo e gravador Mário Carneiro e da multimídia Lygia Pape.
Até agora, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói só confirmou a exposição "Aluísio Carvão e Ione Saldanha na Coleção Sattamini".


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