|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TELEVISÃO
Última temporada da série, que termina em fevereiro nos EUA, tem diferentes versões finais rodadas
Final de "Sex and the City" tenta driblar contradições
TETÉ RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA, EM NOVA YORK
Meninas, eu vi. Foi ao ar anteontem pela HBO americana o começo do fim de "Sex and
the City". É o primeiro episódio
da segunda parte da sexta e última
temporada de uma das séries de
TV mais bem-sucedidas e cultuadas de todos os tempos, principalmente pelas mulheres.
Quando decidiu que não queria
mais fazer o show sobre a vida de
quatro amigas nova-iorquinas, a
protagonista e produtora-executiva Sarah Jessica Parker imaginou uma última temporada um
pouco maior que as outras, com
20 capítulos divididos em duas
partes, em vez dos 18 habituais.
A primeira parte, com 12 episódios, foi ao ar nos EUA no fim de
2003; esta segunda acaba de vez
em 22 de fevereiro. O Brasil, que
assiste à quinta temporada pelo
Multishow, terá de esperar até
maio para os capítulos finais.
Assim, quem prefere não saber
nada do que acontecerá que jogue
longe esta página agora, ou cale-se para sempre. Na verdade, o que
acontece no último episódio nem
mesmo as quatro atrizes principais sabem ao certo. Estão sendo
gravados vários finais, e o elenco
só conhecerá o escolhido quando
o assistir no ar, como nós mortais.
Mas algumas notícias vazaram
aqui e ali e a primeira parte da sexta temporada apontou alguns caminhos. Por exemplo, as atrizes
Candice Bergen e Kristen Johnston (a comprida de "Third Rock
from the Sun") fazem pontas, e
parte do elenco gravou as cenas
em Paris.
Tatum O'Neil participou de um
episódio dos que já foram ao ar. A
ex-Spice Girls Gerry Halliwell
também. David Duchovny, o bonitão e ex-"Arquivo X", interpretou um ex-namorado de Carrie
que está internado em uma clínica psiquiátrica.
O ator Blair Underwood, de
"Full Frontal", vive atualmente o
médico do time de basquete
Knicks, que se muda para o prédio da advogada Miranda e começa um romance com ela.
Charlotte, agora convertida em
judia, casou-se com Harry, o advogado que fez seu divórcio do
primeiro casamento. E Samantha
tem um namoradinho modelo
com quem ela já se permite andar
de mãos dadas.
Então entra em cena ninguém
menos que Mikhail Baryshnikov,
como o importante artista russo
Aleksandr Petrovsky, que se envolve com Carrie. Detalhe: a escritora Candance Bushnell, autora
do livro que deu origem à série e
alter-ego da personagem, casou-se na vida real com um bailarino
russo.
No começo desta última temporada, a jornalista fictícia viveu intensamente o apogeu e a queda de
mais um grande amor, com o escritor Jack Berger. E levou um
susto com mr. Big, que veio a Nova York fazer uma cirurgia no coração. Por um segundo, parecia
que os dois não teriam outra
chance de ser feliz a não ser ao lado um do outro.
Mas casar a personagem principal de "Sex and the City" pode ser
uma traição a tudo o que ela representa. Ao mesmo tempo, deixá-la sozinha pode ser pura crueldade.
Há muitas questões a serem respondidas pelos criadores. Entre
elas, o que é de fato um final feliz
para Carrie? Uma mulher como
ela pode ser feliz sem um grande
amor? E afinal, se encontrar um
grande amor daqueles que deixa
as pessoas felizes por estarem finalmente "fora do jogo", Carrie
perde o emprego. O final está só
começando.
Sex and the City
Onde: Multishow (segunda às 22h45,
terça às 21h15, sexta à 1h e sábado às
21h30) e Rede 21 (domingo, às 23h)
Texto Anterior: Mônica Bergamo Próximo Texto: Livro/lançamento: Dicionário viaja ao passado dos sefaradis Índice
|