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DISCO
Edição importada inclui "Turn Turn Turn" e faixa-bônus
Lançamento reúne quatro CDs
clássicos dos Byrds
RUBENS LEME DA COSTA
free-lance para a Folha
Se você assistiu e curtiu as músicas de ``The Wonders'', filme dirigido por Tom Hanks, então gostará das novas edições dos quatro
primeiros discos da banda norte-americana mais importante dos
anos 60: The Byrds.
Os discos -``Mr. Tambourine
Man'' (65), ``Turn Turn Turn''
(66), ``Fifth Dimension'' (66) e
``Younger than Yesterday'' (67)-
mostram o melhor da banda, liderada pelo guitarrista e vocalista
Roger McGuinn, e estão diponíveis apenas em edição importada,
ao preço médio de R$ 21,00.
O lançamento é importante por
dois motivos: primeiro, os Byrds
foram considerados na época como a única banda ianque capaz de
competir com os Beatles, que tinham feito da América seu principal quintal.
Segundo, por recuperar a obra
deste quinteto, um dos poucos
grupos americanos que podem se
rivalizar com os britânicos.
Os Byrds foram antes de tudo, a
banda mais copiada dos EUA. Culpa das guitarras acústicas Rickenbacker, de seis e doze cordas e das
harmonias vocais hipnóticas, uma
influência que marcou época (e
``The Wonders'' mostra um pouco disso, apesar do filme passar no
ano de 64, um ano antes do surgimento do grupo), até chegar em
grupos como o REM, nos anos 80.
Bob Dylan
O primeiro disco ``Mr. Tambourine Man'', abre com a faixa título,
composta por Bob Dylan no mesmo ano, em seu disco ``Bringin' it
All Back Home''. É simplesmente
incrível a diferença das versões.
Enquanto Dylan, com sua voz nasalada, munido apenas de gaita e
violão, produz uma versão seca, os
Byrds fizeram dela uma das campeãs de execução do ano nos EUA.
Dylan sempre foi a maior inspiração de McGuinn, que colocou
mais três músicas do compositor
no disco: ``Spanish Harlem Incident'', ``All I Really Want to Do'' e
``Chimes for Freedom''.
No terceiro disco, ``Fifth Dimension'', a banda começa a apostar em trabalhos mais psicodélicos. Os destaques são as faixas
``Eight Miles High'' e uma versão
curiosa de ``Hey Joe'', meses antes
de Jimi Hendrix transformar a
canção em hino de uma geração.
Em 67, a banda atravessa um período ruim, com várias divergências internas, o que não impede de
fazer sua obra-prima, ``Younger
than Yesterday''.
Desde a abertura, com ``So You
Want to be a Rock'n'Roll Star'' até
o encerramento com ``Why?'', os
Byrds mostram sua tradicional delicadeza harmônica, com climas
ácidos e continuam não dispensando Dylan, sendo ``My Back Pages'' a escolhida.
Além do encarte, há ainda faixas
bônus, com versões difrentes de
``hits'' e inéditas.
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