São Paulo, sexta-feira, 06 de fevereiro de 2009

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Viola Davis fala de racismo e minimiza "barulho" do Oscar

DA ENVIADA A LOS ANGELES

Muito elogiada por suas poucas cenas em "Dúvida", Viola Davis, 43, é forte candidata a levar o Oscar de atriz coadjuvante em sua primeira indicação.
No filme, Viola é a mãe do garoto que se aproxima do padre Flynn (Philip Seymour Hoffman), a ponto de as freiras desconfiarem de que foi abusado. A mãe prefere fingir que não vê, aprecia que o menino tenha um amigo no ambiente de brancos.
"Foi muito difícil humanizá-la", conta. "Lembro-me dos casos de infanticídio com as negras durante a escravidão, quando elas fizeram a escolha de matar seus filhos em vez de deixá-los ser escravos. É um ato de amor materno quase distorcido e final. O tipo de amor de mãe sobre o qual não se fala."
Outro obstáculo superado foi contracenar com Meryl Streep. "É amedrontador. Não tem nada a ver com ela, ela é fácil... Mas é o ícone, você fica encarando-a, isso te ferra!"
Mesmo depois do sucesso do papel, ela reclama do racismo em Hollywood ("Queria sentir que há um lugar para mim nessa indústria") e minimiza a expectativa em relação ao Oscar.
"Não pago as contas com isso. É só um barulho. Sou apenas aquela menina de Central Falls, Rhode Island, que sonhou o maior sonho que podia, e ele pode acontecer, é divino. É um desses momentos divinos da sua vida que você pode encapsular e viver dele até morrer."


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