|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Viola Davis fala de racismo e minimiza "barulho" do Oscar
DA ENVIADA A LOS ANGELES
Muito elogiada por suas poucas cenas em "Dúvida", Viola
Davis, 43, é forte candidata a levar o Oscar de atriz coadjuvante em sua primeira indicação.
No filme, Viola é a mãe do garoto que se aproxima do padre
Flynn (Philip Seymour Hoffman), a ponto de as freiras desconfiarem de que foi abusado.
A mãe prefere fingir que não vê,
aprecia que o menino tenha um
amigo no ambiente de brancos.
"Foi muito difícil humanizá-la", conta. "Lembro-me dos casos de infanticídio com as negras durante a escravidão,
quando elas fizeram a escolha
de matar seus filhos em vez de
deixá-los ser escravos. É um ato
de amor materno quase distorcido e final. O tipo de amor de
mãe sobre o qual não se fala."
Outro obstáculo superado foi
contracenar com Meryl Streep.
"É amedrontador. Não tem nada a ver com ela, ela é fácil...
Mas é o ícone, você fica encarando-a, isso te ferra!"
Mesmo depois do sucesso do
papel, ela reclama do racismo
em Hollywood ("Queria sentir
que há um lugar para mim nessa indústria") e minimiza a expectativa em relação ao Oscar.
"Não pago as contas com isso.
É só um barulho. Sou apenas
aquela menina de Central Falls,
Rhode Island, que sonhou o
maior sonho que podia, e ele
pode acontecer, é divino. É um
desses momentos divinos da
sua vida que você pode encapsular e viver dele até morrer."
Texto Anterior: Igreja é centro de "Dúvida", diz Hoffman Próximo Texto: Crítica: Filme nos induz a pensar como irmã Aloysius Índice
|