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Folha lança coleção de grandes óperas
Série com 25 volumes reúne obras essenciais do mundo da música; "Carmen" e "Fidélio" , os primeiros títulos, chegam às bancas no dia 13/2
DE SÃO PAULO
De Monteverdi a Richard
Strauss, passando por Mozart, Verdi, Wagner e Bizet: a
Coleção Folha Grandes Óperas reúne 25 obras essenciais
do gênero, desde o período
barroco ao século 20, em gravações completas e remasterizadas no formato livro-CD.
Semanalmente, em cada
livro, o leitor encontra um
ensaio sobre o compositor, a
história daquela criação e
um comentário sobre a gravação. Uma sinopse da história e o libreto no idioma original e em português completam os volumes, que têm de
dois a quatro CDs, dependendo da obra.
A coleção começa a chegar
às bancas no próximo domingo, 13/2, e já em grande
estilo, com duas obras de relevo: "Carmen", do francês
Georges Bizet (1838-1875),
em leitura enérgica do maestro Herbert von Karajan, e
"Fidélio", única incursão
operística do alemão Ludwig
van Beethoven (1770-1827),
regida por Otto Klemperer.
Abrangente e representativa, a escolha dos títulos da
coleção contempla desde os
primórdios do gênero, com o
"Orfeo", de Monteverdi
(1567-1643), até grandes experimentos do século 20, como a escandalosa "Salomé",
de Richard Strauss (1864-1949), e a diáfana "Pelleás et
Mélisande", de Debussy
(1862-1918).
Estão representadas a gloriosa tradição italiana ("La
Traviata", "Aida"), a imponência da ópera francesa
("Fausto", "Manon") e a sofisticação que ela atingiu em
alemão ("A Flauta Mágica",
"A Valquíria").
Há ainda uma diversidade
de temas, incluindo comédias ("O Barbeiro de Sevilha"), dramas ("Tosca", "La
Gioconda") e histórias de
amor ( "La Bohème", "Tristão e Isolda").
Os elencos das gravações,
muitas delas consideradas
registros históricos, são estrelados por divas como Maria Callas (1923-1977) e Montserrat Caballé, e renomados
tenores como Alfredo Kraus
(1927-1999) e Jussi Björling
(1911-1960) entre muitos outros importantes artistas.
Conjuntos de música antiga com instrumentos de época executam títulos barrocos,
como "Tito Manlio", enquanto algumas das grandes orquestras do planeta, como a
Filarmônica de Viena e a do
Metropolitan de Nova York,
atuam sob a batuta de nomes
consagrados como Wilhelm
Furtwängler (1886-1954).
A ópera brasileira é representada por "O Guarani", de
Carlos Gomes (1836-1896),
numa gravação ao vivo de
1994. Com Plácido Domingo
à frente do elenco e regência
do brasileiro John Neschling,
a produção contribuiu decisivamente para o resgate internacional da reputação do
compositor campineiro.
CARMEN
de Georges Bizet
Ambientada em Sevilha, na
Espanha, a história do triângulo
amoroso entre a cigana Carmen,
o soldado don José e o toureiro
Escamilho se tornou uma das
óperas mais populares de todos
os tempos. O parisiense Georges
Bizet (1838-1875) revolucionou
a música com melodias como
"Habanera", "Seguidilha" e a
"Marcha dos Toureiros"
FIDÉLIO
de Ludwig van Beethoven
Trata-se da única ópera de
Ludwig van Beethoven (1770-1827), o gênio que rompeu os
cânones herdados do classicismo
e abriu caminho para a revolução
do romantismo na música. Para
salvar seu marido, que se
encontra injustamente preso em
um cárcere espanhol, Leonora é
capaz de se disfarçar de homem,
arrumar emprego na cadeia e
arriscar a própria vida.
Glorificação do amor conjugal,
"Fidélio" é um dos monumentos
da ópera alemã.
O BARBEIRO DE
SEVILHA de Gioacchino Rossini
Para casar seu amigo Almaviva
com a jovem Rosina, que é
oprimida pelo tutor Bartolo, o
barbeiro Fígaro é capaz de
recorrer a todo tipo de artimanha,
disfarce e estratagema. O italiano
Gioachino Rossini (1792-1868)
foi um dos compositores mais
importantes de seu tempo e a
ópera "O Barbeiro de Sevilha"
marca o ápice da produção
rossiniana.
LA TRAVIATA
de Giuseppe Verdi
Baseada em "A Dama das
Camélias", de Alexandre Dumas,
"La Traviata" é uma ópera de
melodias encantadoras e paixões
exacerbadas. Ao retratar a
mulher aparentemente frívola
que se revela capaz de sacrificar
tudo por amor, Verdi (1813-1901) construiu uma das
maiores personagens femininas
de todo o repertório operístico
A FLAUTA MÁGICA
de Wolfgang Amadeus Mozart
No Egito Antigo, um jovem tem
que superar uma série de provas
para se mostrar digno de merecer
o coração de sua amada. O
austríaco Wolfgang Amadeus
Mozart (1756-1791) escreveu "A
Flauta Mágica" em seu último ano
de vida e conseguiu a proeza de
fazer um espetáculo popular sem
abrir mão da sofisticação que
marca sua obra
LA BOHÈME
de Giacomo Puccini
É uma das mais encantadoras
histórias de amor que já
chegaram ao palco da ópera. Na
Paris do século 19, um poeta e
uma florista vivem uma paixão
ardente em meio às alegrias e
dificuldades da vida boêmia.
Giacomo Puccini (1858-1924)
soube inovar sem deixar de lado
as melodias cativantes que
constituíram a escola italiana
O GUARANI
de Carlos Gomes
No Rio de Janeiro do século 16, o
índio Pery tem que enfrentar
aventureiros espanhóis e
canibais aimorés para assegurar
o amor da portuguesa Cecília.
Inspirada no romance homônimo
de José de Alencar (1829-1877),
"O Guarani" é a mais célebre
ópera brasileira. Carlos Gomes
(1836-1896) foi o principal
compositor do país no século 19
EUGENE ONEGIN
de Piotr Ilich Tchaikovski
Baseada no romance em versos
de Alexander Pushkin (1799-1837), "Eugene Onegin" é a
ópera russa mais encenada no
Ocidente, superando a barreira
da língua. Piotr Ilich Tchaikovski
(1840-1893) tornou-se um dos
compositores eruditos mais
queridos do grande público,
graças ao forte apelo emocional
de suas partituras
LUCIA DI
LAMMERMOOR de Gaetano Donizetti
Dois jovens de famílias rivais
escocesas vivem uma história de
amor proibido, resultando em
desencontros e morte. Baseada
no romance de Sir Walter Scott,
"Lucia di Lammermoor" é um
destaque na obra de Gaetano
Donizetti (1797-1848),
compositor que deixou mais de
70 óperas, revelando talento
para a tragédia e para a comédia
A VALQUÍRIA
de Richard Wagner
Segunda ópera da tetralogia "O
Anel do Nibelungo", narra o amor
entre irmãos, combates
acirrados, um pai que encerra a
filha desobediente em uma
montanha. O compositor alemão
Richard Wagner (1813-1883)
empenhou 26 anos de sua vida
na realização do "Anel". Trata-se
da obra mais ambiciosa da
história da ópera
NORMA
de Vincenzo Bellini
No tempo da ocupação romana
da Gália, uma sacerdotisa se
envolve com um oficial inimigo e
fica dividida entre a lealdade à
pátria e o amor pelo estrangeiro.
"Norma" é uma obra essencial do
compositor siciliano Vincenzo
Bellini (1801-1835), que se
tornou um paradigma
internacional de excelência
como autor de melodias
TITO MANLIO
de Antonio Vivaldi
Atualmente o sacerdote
veneziano Antonio Vivaldi
(1678-1741) é conhecido
sobretudo pelos concertos
barrocos, como "As Quatro
Estações". Na sua época,
contudo, foi um importante autor
operístico. Uma das principais
obras é "Tito Manlio", marcada
por intrigas sentimentais e
turbulências políticas
TOSCA
de Giacomo Puccini
Na Roma dos tempos de
Napoleão, uma cantora de ópera
tenta livrar seu amante das garras
do chefe de polícia. Intriga
política, tortura, chantagem,
assassinato e suicídio são os
poderosos ingredientes da trama
de "Tosca". O compositor italiano
Giacomo Puccini revela-se aqui
no auge de seus recursos
dramáticos e musicais
AS BODAS DE FÍGARO
de Wolfgang Amadeus Mozart
No dia em que vai se casar, o
barbeiro Fígaro tem que pôr em
prática uma série de
estratagemas para manter a
noiva longe de seu patrão, o
Conde de Almaviva. Comédia
vibrante, "As Bodas de Fígaro" é
uma das partituras mais geniais
de Mozart e revela as tensões
entre aristocracia e burguesia às
vésperas da Revolução Francesa
JOÃO E MARIA
de Engelbert Humperdinck
Baseada no célebre conto de
fadas dos irmãos Grimm, "João e
Maria" é o mais bem-sucedido
exemplo de ópera com temática
infantil. O alemão Engelbert
Humperdinck (1854-1921) era
um fã de Richard Wagner e não
hesitou em empregar os
principais recursos das óperas de
seu compatriota em suas
partituras. Há até uma referência
explícita à Cavalgada das
Valquírias de "A Valquíria",
volume dez desta coleção.
LA GIOCONDA
de Amilcare Ponchielli
No século 17, uma cantora está
disposta a sacrificar o amor para
salvar a mãe. Amilcare Ponchielli
(1834-1886) firmou-se com essa
partitura como um dos grandes
nomes da ópera. "La Gioconda"
transcendeu as fronteiras da
música lírica: o balé da ópera, "A
Dança das Horas", ficou célebre
ao ser inserido na animação
"Fantasia" (1940)
AIDA
de Giuseppe Verdi
Verdi conseguiu nesta ópera a
síntese entre a grandiloquência
do estilo francês e a riqueza
melódica da escola italiana. No
Egito dos faraós, uma escrava,
filha do rei da Etiópia, vive um
amor proibido com o líder das
tropas que vão combater o pai
dela. "Aida" é uma ópera
monumental, que costuma
receber produções suntuosas
ORFEO
de Claudio Monteverdi
Mais célebre músico da
mitologia grega, Orfeu perde
sua amada Eurídice logo
depois de se casar com ela e
tem que usar seu canto para
resgatá-la do reino dos
mortos. Escrita em 1607,
"Orfeo" foi a primeira grande
ópera. Claudio Monteverdi
(1567-1643) foi uma figura-chave no início do barroco
SALOMÉ
de Richard Strauss
Richard Strauss (1864-1949) foi
um mestre da orquestração. Aqui
envolve mais de cem músicos
para descrever a trama de desejo
que acontece na Judeia dos
tempos de Cristo. Salomé é
obcecada por João Batista e fará
de tudo para que o rei Herodes
lhe entregue a cabeça do profeta.
A ópera é baseada na peça de
Oscar Wilde (1854-1900)
O ELIXIR DO AMOR
de Gaetano Donizetti
Apaixonado pela moça mais rica
e cobiçada da sua aldeia, cujo
coração disputa com um
sargento, o jovem Nemorino
resolve comprar uma bebida
mágica vendida por um charlatão
para conquistá-la. Gaetano
Donizetti é um dos compositores
italianos mais prolíficos do
século 19 e mostra aqui a
versatilidade de seu talento
TRISTÃO E ISOLDA
de Richard Wagner
Isolda é prometida do rei Marke,
mas vive um caso de amor
proibido com o sobrinho dele,
Tristão. Inspirada em uma das
mais célebres narrativas da Idade
Média, "Tristão e Isolda" é uma
partitura em que as paixões
afloram a cada compasso. A
imaginação harmônica de
Richard Wagner atinge aqui seu
ponto culminante
PELLÉAS E
MÉLISANDE de Claude Debussy
Poética, sutil e refinada, "Pelléas
e Mélisande" é um dos marcos da
música no século 20. O francês
Claude Debussy (1862-1918)
revolucionou a estética de seu
tempo com uma linguagem
harmônica sugestiva e inovadora.
A trama ocorre no reino mágico
de Allemonde, quando um
príncipe casa-se com uma mulher
misteriosa da floresta
RINALDO
de Georg Friedrich Haendel
Em 1711, "Rinaldo" foi a
primeira ópera lançada em
Londres pelo compositor que, nas
quatro décadas seguintes,
dominaria a cena musical
inglesa: Georg Friedrich Haendel
(1685-1759). O músico alemão
situa a trama no tempo das
Cruzadas: um cavaleiro cai nas
mãos da rainha de Damasco, que
tem poderes mágicos
FAUSTO
Charles Gounod
Na Alemanha do século 16, um
homem vende a alma ao diabo e
acaba envolvido em uma
intrincada história de amor.
Baseada na obra de Goethe
(1749-1832), é um dos pontos
altos da ópera francesa no século
19. Charles Gounod (1818-1893) escreveu a ópera "Romeu
e Julieta" e uma "Ave Maria" que é
bastante tocada até hoje
MANON
de Jules Massenet
Na França do século 18, um nobre
e uma adolescente vivem um
amor proibido, marcado por uma
série de peripécias. "Manon" faz
um retrato psicológico profundo
de uma das personagens
femininas mais complexas da
ópera. O autor da obra, Jules
Massenet (1842-1912), foi uma
das figuras musicais mais
influentes da Paris de seu tempo
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