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QUADRINHOS
Entre os escolhidos estão Laerte, como desenhista do ano, e Marcelo Cassaro, eleito melhor roteirista
Prêmio Angelo Agostini é entregue hoje
PEDRO CIRNE DE ALBUQUERQUE
free-lance para a Folha
A Associação dos Quadrinhistas
e Caricaturistas do Estado de São
Paulo (AQC-ESP) promove hoje a
entrega do 15º Prêmio Angelo
Agostini, que é dado anualmente
pela entidade a profissionais dos
quadrinhos brasileiros.
Laerte, colaborador da Folha, foi
eleito o melhor desenhista brasileiro. Atualmente, ele escreve e ilustra a tira Piratas do Tietê na Ilustrada e colabora para duas revistas, "Zá" e "CyberComix".
O melhor roteirista segundo os
críticos da AQC-ESP foi Marcelo
Cassaro, 28. Cassaro já havia vencido o Angelo Agostini em 1997,
também na categoria de roteiro.
No ano passado ele escreveu minisséries e edições com personagens próprios, como "Capitão
Ninja", "Killbite" e "Predakonn".
O Angelo Agostini de melhor revista vai para a bimestral "CyberComix", que estreou em maio de
1998. A revista é "filha" do site
"CyberComix", que começou a ser
operado em abril de 1998 e é voltado para os quadrinhos.
Pelas páginas das quatro primeiras edições de "CyberComix" passaram quadrinhistas como Laerte,
Angeli, Adão Iturrusgarai e Fernando Gonsales, colaboradores da
Folha, e Lourenço Mutarelli, Newton Foot e Libero, entre outros.
A editora da "CyberComix",
Bookmakers, recebeu ainda o troféu Jayme Cortez, dado para pessoa, entidade ou editora que divulgue os quadrinhos nacionais.
O prêmio de melhor fanzine foi
para o "Mocinhos e Bandidos",
publicação trimestral voltada para
os fãs de western.
Além dos prêmios dados a artistas contemporâneos, a AQC-ESP
elege anualmente três "mestres do
quadrinho nacional". Os escolhidos deste ano são Péricles, Deodato Borges e Luiz Antonio Sampaio.
O pernambucano Péricles de Andrade Maranhão (1924-61) entrou
para a história brasileira com a
criação do Amigo da Onça. O cínico personagem surgiu em 1943 na
revista "O Cruzeiro".
Deodato Borges, 64, é um grande
nome da história das HQs paraibanas. Em 1963, adaptou para os
quadrinhos a radionovela "As
Aventuras do Flama", escrita por
ele mesmo. Entre seus trabalhos
estão ainda a ficção científica
"3.000 Anos Depois" e "A História
da Paraíba em Quadrinhos".
Borges também escreveu HQs
para seu filho, Deodato Borges Filho, ilustrar. Borges Filho já desenhou para grandes editoras norte-americanas assinando com o pseudônimo de Mike Deodato Jr.
Luiz Antonio Sampaio, paulista
de 56 anos, entrou no mundo dos
quadrinhos fazendo o fanzine
"Opar" em 1978. A partir de 1983,
colaborou por mais de dez anos
para as revistas "Calafrio" e "Mestres do Terror", escrevendo em colunas como "Quadrinhos pelo
Mundo".
O nome do prêmio é uma homenagem ao precursor dos quadrinhos brasileiros. Angelo Agostini
começou a publicar em 30 de janeiro de 1869 "As Aventuras de
Nhô Quim ou Impressões de uma
Viagem à Corte", a primeira HQ
nacional com personagem fixo.
O quê: entrega do Prêmio Angelo Agostini
Quando: hoje, a partir das 13h
Onde: Abra (r. Vergueiro, 1.681, tel. 571-7177)
Quanto: entrada franca
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