DA REPORTAGEM LOCAL

Viajarão para cidades do interior, litoral e Grande São Paulo 32 espetáculos montados originalmente na capital de São Paulo, em temporadas recentes.
Trata-se do projeto Caravana Paulista de Teatro, que a Secretaria Estadual de Cultural coloca em marcha a partir deste mês, até junho, recuperando um tanto da vocação mambembe dos artistas do palco.
Participam 19 produções adultas e 13 infanto-juvenis. Entre as montagens, estão "Domésticas", de Renata Melo, "Anjo Duro", monólogo com Berta Zemel, "ppp@wllshkspr.br", do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões, "Cantos Peregrinos", do Folias D'arte, "Bonitinha, Mas Ordinária", do Círculo dos Comediantes, e "Contos de Sedução", do Tapa (veja quadro ao lado).
Segundo a assessora de artes cênicas da Secretaria Estadual de Cultura, Analy Alvarez, 58, serão realizadas 192 apresentações -em teatros convencionais ou espaços alternativos, como auditórios ou quadras, para aquelas cidades que não disponham de palco apropriado.
"O projeto lembra a ação dos bandeirantes, ou seja, queremos que as companhias abram novas picadas no Estado, sobretudo em municípios que ficam fora do circuito", afirma Alvarez, que é dramaturga e fundadora da Sociedade Lítero Dramática Gastão Tojero, criada há nove anos e dedicada a encontros de leitura dramática.
As 32 peças foram escolhidas entre 193 projetos inscritos. Segundo Alvarez, participaram da curadoria representantes da Associação dos Produtores Teatrais de São Paulo (Apetesp), da Cooperativa Paulista de Teatro e da própria secretaria.
A verba para o Caravana Paulista é de R$ 600 mil. Cada companhia receberá R$ 18 mil e fará seis apresentações (R$ 3 mil por espetáculo, adulto ou infantil). As prefeituras também apóiam com alimentação, hospedagem e, quando necessário, transporte das companhias até as cidades.
"Já informamos 650 municípios sobre o projeto, e pelo menos 400 deles manifestaram interesse em receber os espetáculos", afirma Alvarez.
Segundo a assessora, a Caravana corresponde à proposta de veiculação dos projetos incentivados pela secretaria. "Além de estimular a produção e a formação, é preciso fazê-los circular, o que viemos atender agora com o novo projeto", conclui.


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