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ARQUITETURA
Perrault elogia Burle Marx e Niemeyer
FRANCESCA ANGIOLILLO
free-lance para a Folha
"Eu me tornei muito europeu." A
frase é do arquiteto francês Dominique Perrault, idealizador da Biblioteca Nacional da França, último grande projeto da gestão Mitterrand. Ele esteve em São Paulo
esta semana para duas palestras.
Perrault disse que, após a unificação européia, o número de projetos cresceu muito. "O intercâmbio entre os arquitetos europeus
vem sendo muito enriquecedor."
No entanto, não é da Europa de
agora que vêm suas maiores referências. Perrault cita os grandes
mestres, deixando claro que, para
ele, o modernismo ainda é o grande paradigma da arquitetura.
Da arquitetura do mais famoso
arquiteto modernista, o franco-suíço Le Corbusier, talvez o mais
admirado pelos franceses, diz: "É
mais funcional e menos absoluta".
Perrault diz não conhecer bem a
arquitetura brasileira -é a primeira vez que visita a América do
Sul. A globalização, pelo jeito, ainda não levou a arquitetura brasileira contemporânea para além-mar.
Perrault lembra apenas do Mube
(Museu Brasileiro de Escultura,
em São Paulo) de Paulo Mendes da
Rocha: "Absolutamente incrível".
Ainda sobre a arquitetura brasileira, ele cita ícones nacionais: o
paisagista Burle Marx e Niemeyer.
"É um grande arquiteto. Ele deu
sensualidade à arquitetura de Le
Corbusier. Parece um poema."
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