São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999
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ARQUITETURA
Perrault elogia Burle Marx e Niemeyer

FRANCESCA ANGIOLILLO
free-lance para a Folha

"Eu me tornei muito europeu." A frase é do arquiteto francês Dominique Perrault, idealizador da Biblioteca Nacional da França, último grande projeto da gestão Mitterrand. Ele esteve em São Paulo esta semana para duas palestras.
Perrault disse que, após a unificação européia, o número de projetos cresceu muito. "O intercâmbio entre os arquitetos europeus vem sendo muito enriquecedor."
No entanto, não é da Europa de agora que vêm suas maiores referências. Perrault cita os grandes mestres, deixando claro que, para ele, o modernismo ainda é o grande paradigma da arquitetura.
Da arquitetura do mais famoso arquiteto modernista, o franco-suíço Le Corbusier, talvez o mais admirado pelos franceses, diz: "É mais funcional e menos absoluta".
Perrault diz não conhecer bem a arquitetura brasileira -é a primeira vez que visita a América do Sul. A globalização, pelo jeito, ainda não levou a arquitetura brasileira contemporânea para além-mar.
Perrault lembra apenas do Mube (Museu Brasileiro de Escultura, em São Paulo) de Paulo Mendes da Rocha: "Absolutamente incrível".
Ainda sobre a arquitetura brasileira, ele cita ícones nacionais: o paisagista Burle Marx e Niemeyer. "É um grande arquiteto. Ele deu sensualidade à arquitetura de Le Corbusier. Parece um poema."


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