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Um dos principais autores dos EUA no século 20, escritor tinha 89 anos
Morre Saul Bellow, Nobel de Literatura
CASSIANO ELEK MACHADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Morreu ontem, aos 89 anos, um
dos maiores estilistas de palavras
dos Estados Unidos no século 20.
Saul Bellow, vencedor do Nobel
de Literatura de 1976, morreu em
sua casa, na pequena cidade de
Brookline, Massachusetts, de causas não anunciadas.
O advogado do escritor disse
que ele vinha enfrentando uma
série de problemas de saúde, mas
que "continuou afiado até o fim".
Afiada é uma das características
que se pode atribuir à prosa de
Bellow, que tematizava em romances como "Herzog" e "As
Aventuras de Augie March" a melancolia, uma melancolia cômica
tipicamente judia-americana.
Mais escritor dos escritores do
que do grande público, Bellow,
nascido no Canadá, mas radicado
nos EUA desde os nove anos, recebeu ao longo de toda a sua vida
quilos de premiações e de referências elogiosas.
Ontem, logo após saber de sua
morte, o maior escritor americano vivo, Philip Roth, declarou que
"a coluna vertebral da literatura
americana do século 20 foi desenhada por dois romancistas: William Faulkner e Saul Bellow".
"Juntos, eles são o trio Melville,
Hawthorne e Twain do século
20", completou Roth, em referência aos principais escritores americanos do século 19.
Mais premiado, não houve. O
autor, filho de imigrantes russos,
foi o primeiro a conquistar três
vezes o principal troféu literário
dos EUA, o National Book Award.
Também colecionou prêmios Pulitzer e companhia.
Além de ganhar espaço nos jornais por suas histórias literárias,
Bellow apareceu no noticiário
também por contos de sua vida
particular. A última vez foi em
1999. Aos 84 anos, o escritor teve
sua quarta filha. Ela e sua mulher
estavam ao seu lado ontem quando ele morreu.
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